Somos Arte

domingo, 8 de junho de 2008

O Artista Ingênuo e o Autodidatismo

O ARTISTA INGÊNUO E O AUTODIDATISMO

Existe ainda nesse campo da profissionalização e da produção artística um outro tipo de artista, o artista ingênuo ou naïf, aquele que, sem ter tido escolaridade artística ou acesso ao círculos dos artistas profissionais, e utilizando técnicas tradicionais, profissionalizou-se. Um exemplo de artista ingênuo é o pintor brasileiro Chico da Silva, que se notabilizou por pinturas de intenso colorido, nas quais percebemos o uso de princípios artesanais de composição, traços que lembram o folclore brasileiro e o desenvolvimento de uma temática rural. Tornou-se muito conhecido, suas obras alcançaram alto valor e hoje fazem parte do acervo de vários museus. Outro artista de origem popular que acabou reconhecido por sua importante contribuição à arte brasileira é Heitor dos Prazeres.
Os franceses chamavam esses artistas ingênuos de pintores de domingo, porque só podiam se dedicar à arte nos fins de semana, mas, ainda assim, alcançavam, graças a seu esforço, bom nível de produção artística. Esse esforço, aliado à expressão de uma cultura popular genuína e tradicional acabava resultando em sucesso e, muitas vezes, em profissionalização.
A arte moderna, na medida em que abandona os ideais clássicos que resistiam desde a civilização grega, abre espaço para novas formas de manifestação. O experimentalismo, a liberdade de traço e de composição permite que se descubra o que há de artístico promove a profissionalização de artistas de origem popular ou daqueles provenientes de atividade artesanais.
É importante distinguir o artista ingênuo ou primitivo e o autodidata do artista amador, que, mesmo tendo talento e possibilidades de ingressar num determinado campo artístico, resume suas experiências ao âmbito d família e dos amigos e a manifestações sempre descompromissadas.




Link para essa postagem


Nenhum comentário:

trabalhos