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domingo, 25 de maio de 2008

0040. Perspectiva Isométrica

Perspectiva Isométrica;

No desenho técnico a representação tridimensional de peças se faz através da perspectiva isométrica. Esse tipo de perspectiva tem por base o desenho da peça a partir de três eixos, que formam entre si ângulos de 120°.


FIG. 1-6 FIG.1-7



Muitas vezes, para facilitar o desenho de figuras em perspectiva isométrica, utiliza-se o papel isométrico, que consiste em uma rede de pequenos triângulos eqüiláteros.



FIG. 1-8


Perspectiva: Técnica e Arte

A sensibilidade do desenhista, aliada ao perfeito domínio de técnicas, instrumentos e materiais de desenho, propicia, ás vezes, a criação de verdadeiras obras de arte, mesmo quando o assunto é a perspectiva de um veículo.
Esta técnica de desenho que mostra os componentes do veiculo através de transparências recebe o nome de raios X.



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0041. Perspectiva Cônica

Perspectiva cônica.

A visão que temos do mundo físico que nos cerca é sempre em perspectiva, isto é, as imagens se apresentam cada vez menores á medida que aumenta a distância de quem as observa, e vice-versa.
As alterações visuais de uma figura são o objeto de estudo da perspectiva cônica. Este tipo de perspectiva pode ser tratado, inicialmente, com apenas um ponto de fuga. Observe:

FIG.1-1 FIG.1-2 FIG.1-3


Linha do Horizonte (LH), ponto de fuga (PF) e linhas de chamada.

FIG. 1- 4


Uma forma mais precisa de desenhar figuras em perspectiva é a partir de dois pontos de fuga. Veja:

FIG. 1- 5


Na busca de representar na pintura os elementos da forma como são observados no mundo físico, os pintores utilizam conhecimentos de perspectiva. É através dela e do emprego de diferentes tonalidades de cores que se obtêm efeitos de volume e profundidade de campo.



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0043. Perspectiva Científica da Estética

PERSPECTIVA CIENTÍFICA DA ESTÉTICA

Perspectiva Científica da Estética. Considera-se aqui o fenômeno estético como um fenômeno natural e, por conseguinte sujeito à investigação por meio do método empírico: (Baseado apenas na experiência, e não no estudo), indutivo: (Ato ou efeito de induzir. Operação de estabelecer uma proposição geral com base no conhecimento de certo número de dados singulares). Como os fenômenos estéticos não podem ser reduzidos à quantidade, a finalidade deste tratamento científico na estética e assegurar hipóteses imparciais e objetivas, mais compatíveis com uma atitude lógica e experimental. A capacidade de experimentação é aqui, contudo, sempre reduzida, dada à natureza do assunto. A principal preocupação gira em torno do estudo, coordenação e interpretação de fatos e teorias, quer se refiram ás obras de arte, quer á experiência estética e a criação de tais obras Gustav Theodor Fechner é considerado como o pioneiro no emprego do método cientifico em Estética. No seu livro: Vorchuhe der Aestheitir (“Elementos de Estética”, Leipzig, 1876), introduziu a distinção entre “Estética de cima” e “Estética de baixo”. A primeira chamou-a de filosofia, considerando que suas investigações partem de idéias e conceitos gerais para o particular; a segunda chamou de empírica, porque parte de casos particulares para o geral. São conhecidas suas investigações experimentais sobre o valor estético de figuras retangulares, chegando á conclusão que os retângulos cuja proporção é 1: 1.018 são os que produzem melhor efeito estético sobre as pessoas. Estas e outras experiências de Fechner (Algumas posteriormente contestadas) visam ao controle de algumas hipóteses e teorias.


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0039. Introdução a Perspectiva Artística

Introdução a Perspectiva Artística

A palavra é originária do latim perspicere: ver perfeitamente. É a arte que ensina a representar sobre uma superfície bidimensionais objetos distanciados, aparentemente, do espectador, e a maneira como são vistos tais objetos.
A perspectiva pode ser linear, ou aérea. A chamada linear analisa os efeitos da distância sobre o tamanho e a forma dos objetos; a aérea trata das modificações sofrida pela cor e pelo contorno dos objetos, á distância.
Se bem que a perspectiva seja utilizada a comumente em Pintura, arte bidimensional por excelência, é por vezes aplicado também ás artes tridimensionais. Assim, algumas colunas do Partenon não são verticais, mas oblíquas, e isso por questões de perspectiva.
Dizem quando começou a ser praticada a perspectiva é problema dos mais controversos: os primitivos e as crianças sempre representaram os objetos sem qualquer preocupação com a sua distância aparente, deste o ângulo de visão do observador. Em estágio bastante recuado de civilização, porém, vêem-se artistas que representam os objetos em diferentes níveis, os mais afastados sobre os mais próximos, pois assim lhes ensinou a observação da natureza. A diminuição do tamanho com recuo no espaço aparecem mais tardiamente, já que muitos artistas, ainda no séc. XV aumentam ou diminuem o tamanho de um objeto ou de um personagem, de acordo com a sua importância no quadro.
Um dos primeiros tratados sobre a perspectiva foi decerto, o de Agatargo de Antenas, escrito no séc. V a.C. De acordo com Vitrúcio, foi ele o primeiro artista a desenhar cenários para representações teatrais, o que explica muita bem sua preocupação com a perspectiva. Em Pompéia, muitos murais são executados de acordo com as leis da perspectiva paralela, que alcançou grande prestígio em Roma.
A idade média desconhece as perspectivas matemáticas, que virá a ser estudada mais tarde, na Renascença, por artistas como Paolo Ucello, Leonardo da Vinci, Piero della Francesca, Albrecht Durer.

Muitas pinturas de tal época são verdadeiras tratadas de perspectiva e claramente refletem a ingênua alegria que experimentaram os pintores, á medida em que penetravam em seus segredos (Carlo Criveli, “A Anunciação”).

Na Renascença, a perspectiva central começa a se impor, enquanto a perspectiva angular e obliqua conhecerão desenvolvimento tardio; a última começa mesmo a ser utilizada apenas recentemente, como conseqüência do desenvolvimento arquitetônico alcançado no séc. XX.

Com Cézanne, a perspectiva penetra em novo estágio de sua longa história: estágio de franca decadência, já que os pintores, a partir de então tem encarado a perspectiva como estranha á Pintura, não raro banindo-a de suas obras. De resto, a abolição do motivo, tendência da arte contemporânea de cunho abstrato, não deixou vez para a perspectiva, quer a linear, quer a aérea.
No Oriente, ainda hoje os artistas utilizam uma perspectiva que se aproxima bastante de modelos rudimentares, por questões justamente de tradição। A perspectiva aérea, porém, é por eles finalmente trabalhada.


“Nada é mais real do que o nada”.
(Samuel Beckitt)।


“Jamais poderíamos usar o lado de dentro de uma xícara sem o lado de fora. O interior e o exterior são um só”.
(Alan Watts)।



“Na minha maneira de pensar, a expressão não consiste na paixão refletida num rosto humano ou traída por um gesto violento. Todo o arranjo de minha pintura é expressivo. O lugar ocupado pelas figuras ou objetos, os espaços vazios em torno deles, as proporções, tudo desempenham um papel”.
(Henri Matisse)


Talvez você compreenda melhor o plano de imagem se perceber que a fotografia derivou do desenho. Antes da invenção da fotografia, os artistas geralmente compreendiam e usavam o conceito do plano de imagem. É possível imaginar a animação (e talvez o espanto) dos artistas ao verem que a fotografia conseguia captar um objeto tridimensional num plano de imagem em questão de instantes - “imagens que o artista levaria horas dias ou até semanas para reproduzir desenhando. Os artistas, depostos do cargo de registradores da imagem realista”, começaram a explorar outros aspectos da percepção, como os efeitos da luz (impressionismo). Depois de estabelecida a fotografia, o conceito do plano de imagem passou a ser menos necessário e começou a desaparecer.
“Enxergar meramente, portanto, não basta. É necessário ter um contato físico, vivido e recente com o objeto a ser desenhada através da maior quantidade de sentidos possíveis-especialmente através do sentido do tato”.

(Kimon Nicolaides).

Esvaziar a mente de todos os pensamentos e preencher o vazio com um espírito maior do que si mesmo é estendê-la a um âmbito inacessível através dos processos convencionais da razão”.
(Edward Hill).

“O desenvolvimento de um observador pode dar a uma pessoa considerável acesso á observação, de diferentes estado de identidade, e um observador externo podem, muitas vezes, inferir diferentes estados de identidade, mas a pessoa que não desenvolveu muito bem a função de observador jamais pode notar as muitas transições de um estado de identidade para outro”.
(Charles T. Tart).

“A arte é uma forma de consciência supremamente delicada (...) que significa unidade, o estado de estar-se unificando com o objeto (...) a imagem inteira deve sair do interior do artista (...) é a imagem que vive na consciência, viva como uma visão, mas desconhecida”.
(D।H. Lawrence, escritor inglês, falando dos seus quadros).



“Na época em que a criança é capaz de desenhar algo mais que rabiscos, ou seja, por volta dos três ou quatro anos de idade, um conjunto de conhecimentos conceituais, já bem estabelecidos e formulados em termos verbais, domina sua memória e controla seu trabalho gráfico (...) Os desenhos são exposições gráficas de processos essencialmente verbais। Á medida que uma educação essencialmente verbal passa a dominar, a criança abandona seus esforços gráficos e passa a depender quase inteiramente de palavras। A linguagem primeiro estraga o desenho e, depois, engole-o completamente”.
(Karl Buhler, 1930)।


“A partir da nossa infância, aprendemos a ver as coisas em termos de palavras: damos-lhes nomes e ficamos sabendo de fatos a seu respeito. O sistema verbal esquerdo, que domina, não quer informações em demasia sobre sas coisas que percebe - apenas o suficiente para reconhecer e categorizar. Parece que uma de suas funções é fazer uma triagem de uma grande proporção de percepção contextual. Isto é um processo necessário e que funciona muito bem para nós quase o tempo todo, permitindo-nos concentrar a nossa atenção. O hemisfério esquerdo do cérebro, neste sentido, aprende a dar uma olhadela de relance a dizer”; “Certo, aquilo é uma cadeira (ou um guarda-chuva, pássaro, árvore, cachorro etc.)”.
Mas, para desenhar, é necessário que você olhe para o que pretende desenhar durante um tempo prolongado, percebendo vários detalhes e a maneira de se encaixarem, registrando a maior quantidade de informações que lhe for possível o ideal é que registre tudo, conforme Albrecht Dürer parecia estar tentando
(ver a figura estudo para São Jerônimo)

“O pintor que tentar representar a realidade deve transcender suas próprias percepções. Deve ignorar ou suplantar os próprios mecanismos que, em sua mente, criam objetos a partir de imagens (...) O artista, como o olho, deve oferecer imagens verdadeiras e as indicações de distância para transmitir sua mentira mágica”.

(Colin Blakemore)



Inicialmente as crianças parecem ter um senso de composição quase perfeito, que perdem durante a adolescência e só recuperam á custa de muito estudo. Acredito que o motivo para isto é que as crianças mais velhas concentram suas percepções em objetos separados, existentes num espaço indiferenciado, ao passo que as menores constroem um mundo conceitual estanque, limitado pelas margens do papel. Para as mais velhas, as margens do papel parecem quase inexistentes, uma vez que não existem margens no espaço real e aberto.

(Betty Edwards)



“Descontente com suas próprias realizações e extremamente desejoso de agradar aos outros com sua arte ele tende a desistir da criação original e da expressão pessoal...” O desenvolvimento ulterior de seu poder de visualização e até mesmo sua capacidade de pensamento original e de relacionar-se com o seu ambiente através de seus sentimentos pessoais podem ser bloqueados nessa época. Trata-se de estágio crucial, que muitos adultos não chegaram a ultrapassar “.

(Miriam Lindstron)”



“Sei perfeitamente bem que somente em afortunados instantes tenho a sorte de me abandonar em meu trabalho. O pintor-poeta sente que sua verdadeira essência imutável advém daquela esfera invisível que lhe oferece uma imagem da realidade eterna... Sinto que não existe no tempo, mas que o tempo existe em mim. Posso também perceber que não é me dado resolver o mistério da arte de forma absoluta. Não obstante, chego quase a crer que estou preste a colocar as mãos no divino”

(Carlo Carra)




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0010. Desenho da Flor-de-lis com Modelos em Gesso

DESENHO DA FLOR-DE-LIS COM MODELO EM GESSO.

Na figura 4 podemos observar um modelo em gesso da flor-de-lis estilizada, que ao tempo da monarquia francesa foi usada como símbolo da realeza. Na sua primeira faze, pode-se observar que o propósito do desenhista foi, sobretudo o de centralizar, no papel, o objeto a desenhar, destarte apresentando convenientemente o seu modelo.



Como a flor-de-lis foi modelada sobre uma superfície redonda, que lhe serve de fundo, desenharemos o círculo, para em seguida localizar a flor. Repare-se que as três partes de que estas se compõem unam-se por uma cinta, cuja borda superior passa um pouco abaixo do diâmetro horizontal do circulo referido; por outro lado, o diâmetro vertical como que servem de eixo central para a distribuição harmônica das ditas partes. Podemos ver também que o modelo apresenta muitas linhas curvas; para determinar bem o grau de intensidade das mesmas, devemos compará-las constantemente com as linhas retas auxiliares mais próximas.
A figura 5 nos dá a apresentação completa do modelo. Exibe já todas as suas linhas de contorno bem definidas; por isso foram apagadas, nessa fase, as linhas auxiliares que servem como diagrama. Os contornos foram apurados e, simultaneamente, esboçou-se o claro-escuro, desenhando-se as sombras principais e posteriormente as sombras projetadas.



Na figura 6 observamos que o claro-escuro do modelo está completo. Nela se determinam, com a intensidade própria, os planos de luz, as sombras e as meias-tintas. Além disso, pode-se ver que alguns reflexos foram indicados, com o fim de separar as sombras próprias do modelo das que o mesmo projeta.


Isso permite, ao mesmo tempo, aumentar o relevo da zona em que se encontra o reflexo, dando acentos suaves à forma da modelo.



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0019. Como Devem Ser Tratados Os Fundos

COMO DEVEM SER TRATADOS OS FUNDOS


Rembrandt Titus sentado à secretária, o/t, 77x63 cm


É comum verem-se desenhos nos quais o respectivo autor revela o mais completo desinteresse pelos fundos. Consideramos isso um erro de concepção porque o fundo de um quadro é parte integrante dele. O mesmo acontece com relação ao desenho a que se deve acrescentar a sombra projetada, a fim de obter a profundidade necessária e causar a sensação do volume do modelo. Isto contribui para dar a idéia da terceira dimensão. Trabalhamos sobre uma superfície plana, e devemos procurar o efeito do volume e profundidade do modelo, isto é, devemos representar não só as medidas de comprimento e altura dos corpos, mas também a sua espessura.
Em certos casos, desenhistas inexperientes encher toda a superfície do papel de um só tom de carvão, antes de começar o desenho, para em seguida irem obtendo os planos de luz e as meias-tintas, e afinal reforçarem as sombras mais intensas.
É verdadeiramente absurda tal invenção do sistema do desenho: em primeiro lugar, porque prepararmos para trabalhar uma superfície de papel totalmente cansada: além de que, ao tentar obter as luzes com o esfuminho que substitui bem o miolo de pão, de tal modo se empastam os tons, que o papel fica parecendo sujo; ao contrário, se para desenhar procedendo a sujo: ao contrário, se para desenhar procedemos da maneira indicada, adquire o desenho outra qualidade, e provoca sensação de uma obra mais espontânea, pela delicadeza de sua realização. Acresce que, seguindo a boa orientação indicada, vai o desenhista adquirindo maior firmeza no traço, enriquecendo maior firmeza no traço, e enriquecendo, simultaneamente, os seus dotes de observação pessoal.
Sempre haverá tempo para dar o tom do fundo depois de concluído o desenho do modelo.
Só assim se consegue um trabalho de aspecto genuinamente agradável
.


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0009. As Leis do Claro-Escuro

Ingres


AS LEIS DO CLARO-ESCURO


O claro-escuro (tom alto e tom baixo) de um modelo pode condensar-se em leis já muito antigas e precisas, visto que todo modelo tem plano de luz, planos de sombras próprias e planas de sombras projetadas. Com estes elementos básicos se determina o relevo de um modelo, e por isso dizemos que o relevo de um modelo constitui a essência mesma de um desenho artístico: sem ele, nada mais é o desenho que uma figura geométrica.

É preciso saber sobre TONALIDADE E INTENSIDADE:

Tonalidade; nuança, matiz.

Intensidade; que pede aplicação intensa, por ter de se fazer em prazo curto. Associadas, porém, produzem efeitos diferentes de quando isoladas.

As sombras de um modelo determinam-lhe as formas internas, e sem elas teríamos apenas o seu contorno. O conjunto formado pelos planos de luz, sombras e contornos determinam o modelo, que, com a indicação de todos os seus relevos, se nos apresenta com o seu aspecto real.
A luz que se projeta sobre um modelo deve estar sempre de um lado do mesmo para que se obtenham os planos de luz, de sombra e os tons das meias-tintas, que exprimem a transição entre luz e a sombra, unindo suavemente estes extremos.
Além do que ficou dito, chamaremos a atenção do estudante de desenho para os chamados reflexos, que são débeis luzes indiretas, cuja presença permite separar as sombras próprias de um corpo das que são por ele projetadas. Os reflexos estão sempre colocados no lado oposto ao da luz, e se acentuam porque esta se projeta sobre algum plano vizinho ao volume em que aparece essa débil luz indireta, evitando deste modo que as sombras próprias e as projetadas formem uma só mancha escura, o que daria ao desenho o aspecto de coisa plana.


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0008. Os Seis Estágios de Um Desenho

OS SEIS ESTÁGIOS DE UM DESENHO

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(1°) Estágio: São linhas de andaime, levantamento e estrutura do projeto. Centralização, organização dos espaços.


(2°) Estágio: Construção do desenho, usando variações de linhas de luz, meias-tintas e de sombra.

(3º) Estágio: Parte artesanal do desenho em que se trata de linhas de luz, meias-tintas e de sombra.


(4º) Estágio: Estudo da luz e sombra pela leitura de suas linhas.

(5º) Estágio: Divisão das “Grandes Massas”, em que escalas monocromáticas “usa-se o termo Claro” que em disciplina chamamos “Tom Alto” e escuro “Tom Baixo”.


(6°) Estágio: São as manifestações de todos os detalhes necessários, o final dos estágios onde a pintura é recomendável.



As variações das tonalidades nas linhas
Ao começar a aplicação do desenho das ânforas, dissemos que era conveniente não sombreá-las, mas simplesmente, desenhar-lhes os contornos e detalhes de construção, para não enfraquecer as características de suas linhas.
Sabemos também que, deste modo, com freqüência se fazem retratos, muitos dos quais nem por isso deixam de possuir notável qualidade artística. Entre os artistas de épocas passadas podem citar Ingres, que realizou grande parte de sua obra - talvez a mais importante com essa técnica de desenho. Em nossos dias, grandes artistas praticam também esse método.
Sem embargo, notamos que a essas obras não falta expressão. O segredo está na sensibilidade da linha. Vale dizer: quando fazemos um croqui ou bosquejo, traçamo-lo com linhas do mesmo caráter. Ao aperfeiçoar o desenho, as linhas serão mais seguras, melhores traçadas e ajustadas ao modelo, mas serão sempre iguais entre si, em grossura. Se observarmos, no entanto, alguns desses bons trabalhos a que nos referimos, vermos que a linha é variável conforme sejam a luz, a sombra, as meias-tintas, etc., ou mesmo a qualidade ou natureza do objeto que representam. Assim, por exemplo, no retrato de uma pessoa vestida, os traços do rosto não serão do mesmo caráter que os traços que representam as vestes; em se tratando de roupas de homem, estas serão desenhadas - falando de maneira geral - com linhas mais espessas e rígidas, e assim por diante. Os cabelos não serão representados por linhas da mesma força que as usadas para desenhar o rosto, etc. Se o modelo tem uma boca de muita força expressiva, como seja volume, amplitude, etc., não a desenharemos com linhas da mesma espessura e intensidade que as empregadas no traçado de uma boca pequena, de lábios finos, etc. Tudo isto contribuirá para que se obtenham trabalho de qualidade, um retrato expressivo, sem necessidade das sombras, meias-tintas, etc., nem tampouco da cor.
Com toda aprendizagem convém começar com os modelos mais simples, aplicaremos esta técnica interessantíssima em nossos desenhos das ânforas. Aqui a utilizamos tão - somente para indicar os contrastes de luz e sombra.
Todos os modelos apreciados recebem a luz de cima. Assinalemos, então, com uma linha delgada, todos os planos os quais a luz incide em cheio: borda das bocas, parte superior das asas, etc., e com uma linha mais grossa indiquemos a sombra na parte inferior do corpo mesmo dos vasos, assim como o plano em sombras das asas, molduras, etc. Estas espessuras, quando se trata de corpos redondos, em que não se verifica uma busca mudanças de luz e sombra, mas apenas a menos perceptível transição de um destes extremos para o outro, se com a sua grossura variável a idéia da meia-tinta.
Dessa mesma maneira se obtém magníficos trabalhos de ciências naturais, nos quais, sem tirar ao estudo a menor parcela de seu caráter científico, o desenho se apresenta com o atrativo de sua qualidade artística.

Link do download Aqui! 

OS SEIS ESTÁGIOS DE UM DESENHO - Formatação para download.doc


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Desenho a Lápis



Desenho a Lápis:
O lápis pode ser natural, ou artificial. Natural é o lápis preto da Espanha ou da Itália, o lápis de chumbo dos desenhos arquitetônicos antigos, o lápis vermelho holandês (óxido de ferro); artificial, o lápis de grafite, criado em 1795 pelo francês Conté. Lápis de grafite, aliás, já existiam a partir de 1600 na Inglaterra, na Bélgica e na Espanha: Conté, contudo, inventou o processo de manufaturar lápis de diferentes durezas, adicionando argila á grafite em estado viscoso. Papel será usado nos desenhos a nanquim, mas neste caso os traços fundamentais do desenho serão previamente feitos a lápis, visto que a tinta não se pode apagar com facilidade, como acontece como carvão e o lápis.




Betty Edwards - Autora do Livro - 'Desenhando do lado direito do cerebro'



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0004. Alguns Materiais Para o Desenhista

ALGUNS MATERIAIS PARA O DESENHISTA.


Se considerarmos como possível desenhista uma pessoa que nunca teve a mais elementar noção de desenho, aconselhá-la-emos a munir-se de uma prancheta do tamanho de uma folha de papel pardo, ou canson. Convém que o referido papel canson seja branco, para desenhar sobre ele com carvão (pequenos bastões de Salgueiro que se encontram á venda nas papelarias e casas congêneres).






Desenho a Carvão.



Emprega-se o carvão vegetal sobre o papel macio, finalmente granulado. É dos métodos mais antigos de desenho, já mencionados em velhos textos gregos; são raros, porém, os desenhos a carvão anteriores a 1500, de vez que o carvão esmaece com rapidez, e métodos de fixação somente foram postos em prática após aquela data. Com o carvão é possível tanto traçar linhas quanto executar sombras, sendo que o sombreado em superfícies amplas, a carvão, continua apresentando notável caráter gráfico. O carvão, se calcado fortemente, produz um traço negro intenso; se de leve, um cinza que variará de tonalidade, segundo a habilidade e a técnica do desenhista. Durer, na Renascença, e Varlach, em tempos modernos, podem ser citados entre os mais importantes artistas que fizeram uso do carvão como material de desenho. Para apagar os traços feitos com o carvão recomenda-se o esfuminho. Querendo-se desenhar a lápis, deve-se preferir papel canson liso (ou similar), usando se neste caso a borracha comum branca e macia de tamanho variado. O mesmo para Desenho a Lápis. Um trabalho feito a carvão requer certo cuidado especial: é mister não empastar os tons com os dedos, porque a umidade e a gordura da pele mancham; para sacudir a poeira do carvão, ou mesmo para obter empastes uniformes, pode-se envolver a ponta do indicador ou do polegar (conforme convenha) num pedaço de pano qualquer. Destarte será trabalhar a superfície ocupada pela sombra. Cabe aqui assinalar que muitas pessoas preferem fazer os seus desenhos utilizando unicamente o carvão, caso em que este deve ser afilado num pedaço de lixa colocado sobre um pequeno retângulo de madeira, pois só assim se obterão traços de grossura mais ou menos regular. Os desenhos feitos a carvão precisam se fixados, para que se conservem, e isto se consegue mediante a aplicação de um líquido composto de goma laca dissolvida em álcool comum vaporizador bem fino, umas duas vezes sobre o desenho, o qual, quando seco, poderá ser enrolado sem o perigo de mancharem-se os tons.



Desenho a Lápis:

O lápis pode ser natural, ou artificial. Natural é o lápis preto da Espanha ou da Itália, o lápis de chumbo dos desenhos arquitetônicos antigos, o lápis vermelho holandês (óxido de ferro); artificial, o lápis de grafite, criado em 1795 pelo francês Conté. Lápis de grafite, aliás, já existiam a partir de 1600 na Inglaterra, na Bélgica e na Espanha: Conté, contudo, inventou o processo de manufaturar lápis de diferentes durezas, adicionando argila á grafite em estado viscoso. Papel será usado nos desenhos a nanquim, mas neste caso os traços fundamentais do desenho serão previamente feitos a lápis, visto que a tinta não se pode apagar com facilidade, como acontece como carvão e o lápis.







LISTA DE MATERIAIS DO CURSO DE UM SEMESTRE:

- Uma caixa de carvão (Fusain) pode ser da marca Corfix com 5 ou 6 unidades,







- Papel pardo tamanho (A2),





- Esfuminho n°. 3 e 6,





- Borrachas macias, brancas grandes e pequenas,




- Goma laca (corfix) incolor 100 ml.






- 1 litro de álcool líquido incolor,
- Avental,
- Estilete pequeno
- Retalhos de pano macio para limpeza dos materiais,
- Caderno para anotações,Pasta para guardar os desenho tamanho (A2).


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