Somos Arte

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Caravaggio - theiller



“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0057. PINTURA OCIDENTAL

PINTURA OCIDENTAL

Os mais antigos exemplos de pintura remontam ao período que se estendem 30.000 e 10.000 a.C. testemunhos da cultura paleolítica acham-se distribuído numa vasta zona que, partindo da Dordonha, chega ao N. da África, localizando-se os mais famosos depósitos nas regiões rupestres de Altamira, na Espanha, e Lascaux, em França. As pinturas representam em sua maior parte animais - renas, mamutes e bisões, por vezes em tamanho normais e retratados com grande realismo. As cores, de origem mineral, limitavam-se a poucas tonalidades; amarelo-ocre, vermelho-ocre e negro eram as mais comuns. Sobre a natureza de tais pinturas são numerosas as teorias, presumindo-se, porém que estivessem ligadas de algum modo à cerimônia propiciatória e a praticas mágicas.
No Egito, a pintura é praticada desde o terceiro milênio a.C., concebida como arte eminentemente mágica: um retrato adquiria vidas próprias, independentes da do retratado. Por sua vez as cores obedeciam a um sistema simbólico que pouco variaria no decurso dos anos.Assim, a mulher jovem deveria ser pintada em amarelo pálido, o homem poderoso em marrom, etc. As mais notáveis pinturas egípcias são as que decoravam as câmaras mortuárias, e recriavam com grande riqueza cromática cenas da vida do extinto. Pinturas de cavalete e murais gregas perderam-se, e o que delas hoje subsiste são copias romana, além das meras descrições literárias. Pode-se, todavia, ter, da pintura grega, uma idéia muito precisa, graças à decoração pintada dos numerosos exemplares cerâmicos que nos restam. O ideal dessa pintura era a representação fiel da natureza, o que não significa, porém que a pintura grega fosse realista, no sentido hoje emprestado ao vocábulo.
A pintura romana imita a grega, mas se prende ao mais estreito realismo - realismo a que virá dar cabo o Cristianismo, responsável pelo aparecimento de um tipo de pintura de cunho simbólico, e pela preponderância de um meio expressivo típico - o mosaico - sobretudo em Bizâncio. Ao mesmo que, em Bizâncio, o mosaico atinge o seu nível máximo, são aperfeiçoadas em diversas cidades da Europa as técnicas do afresco e da iluminura, transformando-se o primeiro no meio expressivo natural na Itália do séc. XIII, enquanto o segundo, praticado principalmente entre os monges, vai encontrar seu máximo esplendor, a partir já do séc. VII, na Irlanda, França, Inglaterra e Alemanha.
Em fins do séc. XIII aos ideais da Antiguidade Clássica, que nunca haviam desaparecido de todo da Itália, voltam a seduzir artistas como Giotto,

Giocatori di polo, olio su tela, cm 140x130, 1933


Fra Angelico, A - Coroação da Virgem (1435-circa).

Masaccio, Fra Angélico e outros. Tais pintores preparam o caminho do Renascimento, do qual foram os maiores representantes Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio e Michelangelo Buonarroti. Nos países Baixos, pela mesma época pouco mais ou menos, Jan van Eyck começa a difundir uma nova técnica, a pintura a óleo, capaz de substituir com vantagens todos os meios expressivos até então empregados. Os sucessores de Van Eyck - Van der Weyden, Van der Góes, Dirk Bouts, entre outros -, pintores religiosos, caracterizam-se por um realismo patético. Em fins do séc. XV

LEONARDO DA VINCI                      Rafael Sanzio
                               LITTA                        dispute at the Eucharist
                                                                           JAN VAN EYK                         MICHELANGELO BUONARROTI
                                                                     Casamento de Arnolfini, ISAÍAS.



outro holandês Jheronimus Bosch, cria visões fantásticas de pesadelos e cenas infernais, até certo ponto anunciando os surrealistas do séc. XX. Pieter Bruegel começa como seguidor de Bosch, para logo se firmar como o grande vulto do Renascimento nos Países Baixos.

AUTO RETRATO PIETER BRUEGEL

RUBENS, PETER PAUL (1577-1640).

Após Bruegel, a pintura flamenga produziria Rubens, mestre do Barroco e professor de Van Dyck, o qual, emigrado para a Inglaterra, teria sobre a pintura inglesa considerável influência. Ruisdael, Van Goyen, Frans Hals, Jan Steen e Vermeer são os grandes mestres holandeses do séc. XVII, e diferem em essência de seus contemporâneos flamengos, por serem mais circunspectos e recatados. Nenhum, contudo, superou em recolhimento e expressividade a Rembrandt, gravador insuperável à água-forte, e autor de notáveis retratos e de auto-retratos.

SIR ANTHONY VAN DYCK, - 1599-1641. Pintor framengo. n. em Antuérpia, Bélg


A pintura germânica começa a ganhar prestígio com a figura extraordinária de Albrecht Dürer, também gravador.

ADÃO E EVA, ALBRECHT 1471-1528 ALEMÃO.

Famosos pintores alemães foram ainda Lucas Cranach, Mathias Grünewald Holbein e Altdorfer. Outra notável escola de pintura desenvolve-se na Espanha, a partir do séc. XV, com Berruguete, Gallego, Barmejo, Morales, todos mais ou menos sentindo o influxo da pintura flamenga. É, contudo a partir de El Grego, místico e ardente, e de Velásquez, aristocratas e requintados, que a pintura espanhola irá erguer-se a Altíssimo nível, produzindo logo em seguida artistas como Zurbarán, Murillo, Ribera e, sobretudo Goya, considerado o último dos grandes mestres e o primeiro pintor moderno.

EL GREGO

Jean Fouquet é o primeiro grande nome da pintura francesa, que pintores como Georges de La Tour, os Lê Nain e os Clouet representariam nos séculos seguintes. Watteau, Boucher e Fragonard surgem no período do rococó, de que são para muitos os produtos mais típicos.
Os mais ilustres pintores ingleses são Hogarth, crítico dos costumes de seu tempo, e os retratistas Reynolds e Gainsborough.

SIR JOSHUA REYNOLDS - 1723-1792. Pintor ing. n. em Plympton Earll

Com Turner o amor à natureza, já presente em pintores como Poussin e Lorrain, franceses que trabalham na Itália, traduzir-se-á em paisagens, sobretudo marinhas, que apontam aquele pintor inglês como um dos precursores do Impressionismo. Paisagista famoso foi também Constable, que influenciou os pintores franceses da chamada Escola de Barbizon como Rousseau, Daubigny, Dupré, Corot é, de certo modo, o elemento de ligação entre a Escola de Barbizon e o grupo impressionista em formação. Em seu tempo, porém, o estilo oficialmente favorecido é ainda o Neoclassicismo de David e do sucessor desse, Inglês, Delacroix, reagindo contra o Neoclassicismo, degenerado então em ideal puramente acadêmico, inaugura a Escola Romântica, à qual sucederá o Realismo, com Manet, que seria depois um dos líderes do Impressionismo.

JOSEPH MALLORD WILLIAM TURNER - 1775-1851. Pintor ing., considerado precursor do Impressionismo e do Abstracionismo


Jongkind e Boudin são os legítimos precursores do Impressionismo, cuja preocupação era captar os efeitos fugidios das luzes, águas e cores. Mas o chefe incontestável da tendência seria Monet, antigo discípulo de Boudin, cujo quadro “Impressão: Sol Nascente” (1872) daria inclusive nome ao movimento.

Claude Monet

Outros impressionistas foram Renoir, Sisley, Pissarro, Guillaumin, Morisot e, em certo momento, Degas e Cézanne.


Pierre Auguste Renoir
TWO GIRLS AT THE PIANO

Seurat, reagindo contra o impressionista, cria o Pontilhismo, ou Neo-Impressionismo. Cézanne, Gauguin e Van Gogh, ligados ao Impressionismo ou ao Neo-Impressionismo, mas em verdade artistas independentes, são os três grandes profetas da pintura de nosso tempo: direta ou indiretamente, todas as atuais tendências pictóricas ligam-se a um desses artistas.

PAUL CÉZANNE - pos impressionismo





Vincent Van Gogh - Estrada Silvestre

A partir de inícios do séc. XX sucedem-se rapidamente uns aos outros diversos estilos

Henri Matisse

pictóricos: O Fauvisme de Matisse, Marquet, Derain e Vlaminck, o Cubismo de Picasso, Gris, Braque; o Expressionismo germânico de Nolde, Marc, Kokoschka; o Surrealismode Ernst, Dali; o Futurismo, espécie de Cubismo italiano de Boccioni, Russolo, Cará; mais recentemente o Action Painting de Pollock, o Informalismo de Wols, o Tachismo de Fautrier, o Neofigurativismo, etc. Instante de grande importância na história da pintura ocidental é aquele que gerou a primeira pintura não-representativa ou imitativa, realizada por Kandinski em fins da primeira década do séc. XX.


Wassily Kandinski
Composição

De então por diante abriu-se vasto campo a toda uma série de artistas, pelo mundo inteiro, e mesmo os que continuam praticando a pintura de cunho figurativo não desconhecem, hoje, que a finalidade

Paplo Ruizy Picasso
“Música”

da pintura não é reproduzir, e sim interpretar ou recriar as formas encontradas no mundo objetivo.

                                                       Geoges Braque                   Salvador Dalli.
                                                       “AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL”



Enciclopédia Barsa
Editor William Benton.
Volume 16 páginas 88 á 91
Título Pintura Ocidental


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0056. Os Meios Expressivos.

Os meios expressivos.


Os fins a que se propõe um pintor em sua pintura são em grande extensão determinados pelo meio expressivos por ele escolhido. O exame acurado da adequação dos meios expressivos aos fins desejados pelo artista levou á divisão desses meios em duas grandes classes:
1. Meios expressivos da pintura mural: secco, fresco ou afresco, mosaico, vitral, silicato de etila.
2. Meios expressivos da pintura de cavalete: encáustica, têmpera, óleo, aquarela, guache.
É claro que tal divisão não é absoluta, e que pinturas de cavalete já foram realizadas, com sucesso, pelo método do afresco - assim como já se conseguiram excelentes murais pintados a óleo. Mas eis as técnicas mais usadas:
Secco. Os materiais empregados são a caseína, a têmpera, a cola aglutinante colorida; os instrumentos de aplicação são os pincéis. O suporte é à base de argamassa ou gesso, seco. É um dos mais antigos meios usados na pintura mural, pois já era conhecido no Egito. Não sendo tão difícil como o fresco, assemelha-se bastante a ele, se bem que os resultados finais obtidos pela utilização de um e de outro meio sejam bem diversos. O mural executado a secco entremostra cores opacas, que aderem ao suporte de argamassa ou gesso como uma película finíssima. Modificações intempestivas de temperatura podem determinar, nessa camada finíssima de pintura, efeitos desastrosos: descascamentos, destruições de grandes trechos da superfície, etc.

Fresco ou afresco. Consiste em aplicar sobre o reboco ainda fresco a pintura. Assemelha-se bastante ao secco, mas, á diferença deste, dispensa aglutinantes. Processo dificílimo - o artista não pode equivocar-se ou retocar seu trabalho, de vez que só pode trabalhar enquanto o reboco não seca -a técnica do afresco, por vezes denominada buon fresco, isto é, afresco verdadeiro, foi aperfeiçoado na Itália, no início do séc. XIV. O mais notável exemplo de sua aplicação acha-se nos murais, do Vaticano, por Michelangelo.


Silicato de etila. Para realizarem murais no exterior dos edifícios, o secco e o fresco são ineficazes, porque as intempéries atacam de modo impiedoso o reboco, destruindo a camada pictórica que lhe fica em cima. Recentemente tornou-se possível à elaboração de murais externos sobre concreto, utilizando-se o silicato de etila, que adere de modo permanente á camada de concreto, e resiste mesmo pasmais severas condições climáticas.
Eucáustica. Já praticada na Antigüidade, por Polignoto, por exemplo, (séc. IV A. C). Mais tarde, Praxíteles Aperfeiçoa-a. Ficou em desuso até meados do séc. XVIII, quando foi redescoberta por Gaylus e Bachelier. O vocábulo encáustica deriva do grego egkaustiré, que significa queimado, preparado com fogo.
Tempera. Pintura executada com desmanchamento das cores em água cola, goma, clara de ovo, mas sem óleo ou resina aglutinante e sobre suporte de madeira, impregnado de uma camada de gesso. A têmpera seca quase instantaneamente e por isso o artista que a usa deverá, como o executor de afrescos, trabalhar sem hisitações e sem erros, dificilmente corrigíveis.
Óleo. É o meio expressivo por excelência da pintura de cavalete, tal como o fresco o é da pintura mural. Os pigmentos são misturados ao óleo, com a obtenção de uma espécie de massa pastosa que pode ser empregada com o auxílio de pincel, da espátula ou qualquer outro utensílio, sobre suporte das mais diferentes naturezas: madeira, linho, cânhamo, cobre, pedra, papel, etc.
Aquarela. Pintura executada com cola e gesso, de preferência sobre suporte de papel, ou pergaminho. É o modo mais fácil do ponto de vista material, mas o aquarelista deve ter apurada técnica de pintura, sem a qual nada realizará.
Guache. O vocábulo, derivado do italiano guazzo, “coisa aguada”, designa uma espécie de pintura em que as cores são diluídas em água misturada com goma e reduzidas a corpo, tal como na pintura a óleo (é essa redução que distingue o guache da aquarela). De certo modo, toda a pintura de cavalete anterior ao séc. XV pode ser considerada como guache.


PASTEL. Bastão feito com giz e que se adicionam pigmentos de várias cores. Pintura ou desenho a Pastel.
Anita Malfati
“Vaso com Rosas” - Pastel 1940 - 44 X 50 cm.

Enciclopédia Barsa
William Benton, Editor.
Volume 11 página 22 á 24.


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0055. Divisões da Pintura de Cavalete.

Divisões da Pintura de Cavalete.

Segundo o tema, e a partir da arte religiosa - que parece ter dado origem ás demais - a pintura de cavalete pode ser dividida em sete categorias ou classes: retábulos e pintura religiosa (representações da Divindade, santos e anjos, personagens da História Sacra, cenas da vida dos santos, ilustrações da sagrada Escrituras), muitos, lendas, tradições poéticas, cenas históricas (estas últimas, sobretudo durante o século passado), pintura de gênero (representação de cenas cotidianas, relativas a costumes, festas, etc.), paisagem e pinturas de animais ao ar livre, arquiteturas (vistas de cidades e interiores de edifícios), naturezas mortas e retratos (individuais, coletivos, cabeças). As principais subdivisões da pintura de cavalete foram estudadas em separado.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0054. Tipos de Pintura.

Tipos de Pintura.

Pode-se dividir a Pintura em dois grandes ramos: a pintura mural e a de cavalete. A pintura mural serve aos propósitos da Arquitetura, enquanto a de cavalete subsiste por si própria. Uma não é superior á outra: apenas suas finalidades divergem, integrando-se a pintura mural no setor arquitetônico, ao qual se subordina, ao passo que a pintura de cavalete sofre limitações apenas pelo pintor. Pelo caráter de cada uma dessas grandes subdivisões da Pintura, diz-se ultimamente que a pintura mural é eminentemente social, sendo a pintura de cavalete arte nitidamente individualista.



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0053. PINTURA

PINTURA

Denominam-se Artes Plásticas aquelas que são percebidas visualmente. O termo “plástico” origina-se de uma palavra grega que significa “modelar”, dar forma “A Arte Plástica por excelência deveria, portanto ser modelada de materiais maleáveis, tais como barro. Modernamente, porém, emprega-se o termo artes plásticas num sentido mais amplo, que abrange as artes aparentemente espaciais, cujas representações parecem adquirir corpo, embora sejam realizadas em duas dimensões como a Pintura, o Desenho e a Gravura, assim como aquelas que efetivamente se expressão num espaço tridimensional, como a Escultura e a Cerâmica. Este Plano de estudo reúne as artes visuais e as chamadas artes aplicadas. A Arquitetura, pelo fato de se diferençar, em diversos aspectos, das demais artes plásticas, constitui um capítulo independente”.


A pintura é, entre as Artes Plásticas, aquela que representa objetos, idéias ou sentimentos sobre uma superfície bidimensional, com o auxílio de pigmentos ou outro corante. Pode ser definida como uma série de formas e de cores dispostas em determinadas ordens sobre um suporte cuja natureza varia pode ser figurativa (imitativa, representativa, objetiva), se reproduz, com maior ou menor fidelidade, as formas naturais, ou não-figurativas (abstrata pura, não-objetiva), se afasta da realidade objetiva.

Costuma-se dividir a Pintura em dois grandes ramos: as pinturas murais, que serve aos fins arquitetônicos, e a de cavalete, que se basta a si mesma. A pintura de cavalete pode ser dividida em sete categorias ou grupos, segundo o tema abordado pelo artista: (1) retábulos e pintura religiosa em geral; (2) lendas, cenas históricas, mitos, etc; (3) pintura de gênero; (4) paisagens; (5) arquiteturas; (6) naturezas-mortas; (7) retratos. Com o advento da pintura não-figurativa seria possível mencionar uma oitava categoria, a composição.

O meio expressivo selecionado pelo pintor determinará em boa parte o resultado final do quadro, o qual será tanto mais convincente quanto maior for à adequação entre a técnica utilizada e o efeito desejado. De modo geral, os meios expressivos da pintura dividem-se em duas grandes classes, conforme digam respeito á pintura mural (secco, fresco, mosaico, vitral, silicato de etila) ou á de cavalete (encáustica, têmpera óleo, aquarela, guache).

Arte de representar objetos naturais, idéias e sentimentos sobre ma superfície bidimensional, com o auxílio de pigmentos ou de qualquer outro corante. A Pintura abstrai formas da realidade, adaptando-se, de acordo com as intenções do pintor, aos materiais que utiliza e á sua técnica característica.
Pode ser definida, também, como uma série de formas e de cores dispostas segundo uma ordem desejada, sobre um suporte cuja natureza pode variar do papel ao muro de alvenaria, do metal amadeira. Se tal pintura reproduz os objetos naturais com maior ou menor objetividade (pintura figurativa, representativa, objetiva etc.), ou se ao contrário tenta afastar-se da realidade objetiva (pintura não-figurativa, não-representativa, não-objetiva, abstrata, pura, etc.), essa alternativa não invalida aquela definição: são apenas opções possíveis, que se limitam a demonstrar como é amplo o campo da Pintura.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0052. A Importância da Beleza

A Importância da Beleza

A todo o momento, mesmo sem perceber, fazemos julgamentos estéticos sobre o que enxergamos, sejam objetos, pessoas ou paisagens. Mas em que critérios se baseiam nossas avaliações? Em outras palavras, como definir a beleza? Eis aí uma questão que através da história, preocupou filósofos e cientistas e cada época deram uma resposta diferente a ela. As curvas do modelo Gisele Biindchen hoje deslumbram os homens e provocam inveja nas mulheres, mas nas duas últimas décadas do século XIX sua silhueta esguia seria considerada sinal de pouca saúde ou desleixo: bonito mesmo intrinsecamente ligado á geometria. “Os ideais matemáticos da beleza, a noção de que ela está ligada á unidade, a organização espacial e a ordem, nasceram na Grécia antiga, perpertuaram-se em outras culturas e até hoje, de certa forma, continuam a ser usado”, diz a psicóloga Nancy Etcoff, da Universidade Harvard.

O filosofo grego Platão fez eco á Pitágoras, ao dizer que o belo residia no tamanho apropriado das partes, que se ajustavam de forma harmoniosa no todo, criando assim o equilíbrio. Esse ideal estaria personificado em Helena, pivô da Guerra de Tróia, episódio que pode ser visto atualmente no cinema em versão de Hollywood.

A doutrina grega da beleza comportava ainda um outro conceito importante o da Luminosidade, principalmente na pintura renascentista.
Artistas como Leonardo da Vinci, Albrecht Dürer e Michelangelo passaram a utilizar uma equação matemática chamada proporção áurea - aplicada no projeto arquitetônico da maioria das grandes catedrais, desde a Idade Média, para ilustrar o conceito de que muito da beleza de homens e mulheres dependia das proporções entre a cabeça e o corpo. A escultura Davi, de Michelangelo, é um dos exemplos mais perfeitos da aplicação da proporção áurea.

Davi- Michelangelo

. Foi no século XVIII que nasceu a disciplina filosófica que leva o nome de estética e que se ocupa do belo e da arte. Como as teorias do naturalista inglês Charles Darwin em seu livro “A origem das Espécies”, de 1859, ele defini como um fator biológico necessário à reprodução dos animais. Hoje, psicólogos evolucionistas defendem suas teorias sobre a beleza calcada na premissa darwiniana de que ela serve para assegurar a sobrevivência da espécie humana.
A preferência dos homens por mulheres jovens, de quadriz largos e cintura fina atributos ligados à fertilidade seria uma forma de garantir as gerações de filhos saudáveis. Já as mulheres se sentiam atraídas por homens altos e fortes, porque esses seriam atributos de bons provedores e de defensores da prole em qualquer circunstância.

Revista Veja data 15 de maio de 2004


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0051. ARTE

ARTE

Na sua acepção mais ampla a réxvn dos gregos, a ars dos latinos e a Kunst dos alemães davam idéia de perícia, de habilidade adquirida em paciente exercício e voltada para um fim definido, fosse esse fim estético, ético ou utilitário. De acordo com o objetivo que tivessem, as artes se dividiam inicialmente em Belas-Artes buscavam o belo, as Artes de Conduta o bom e as Artes Liberais o útil. No sentido moderno, mas restrito, o termo arte só abrange as atividades humanas que se voltam para o estético, isto é, para as Belas-Artes. Num sentido figurado podemos falar na arte da guerra, na arte de cozinhar ou na arte de viver. Mas nenhuma dessas “artes” entraria numa lista séria das artes estáticas - arquitetura, escultura e pintura, com suas subdivisões - e as artes dinâmicas da música, da poesia e do teatro.
Limitada assim, a arte conserva seu sentido inicial de perícia adquirida em duro exercício da paciência - que levou os antigos a exclamarem com tristeza que a arte é longa e a vida breve - mas desafia uma definição completa. A arte passa a ser, em suma, a busca da beleza. Como, porém, definir a beleza? Existem cânones de beleza, mas ligados a suas épocas e a uma cultura determinada. É certo que as obras de arte não envelhecem, mas é impossível definir sua eternidade como fruto exclusivo de perícia e habilidade. Veja-se o caso de um dos supremos artistas de todos os tempo, Leonardo da Vinci. Ainda admiramos como curiosidade e como provam da grandeza geral do seu espírito os desenhos que deixou de uma máquina voadora e os pioneiros trabalhos de conforto doméstico que introduziu no palácio dos seus patronos.
Mas são brinquedos de criança precoce comparado aos aviões a jato e á calefação central.
Sua “Mona Lisa”,

Mona lisa, ou Gioconda - da Vinci.


Invenções Da Vinci.



no entanto, e sua “Ceia” são obras que não se deixam explicar pela imensa perícia e habilidade do pintor.

Sta. Ceia Da Vinci

Há nesses quadros um elemento de mistérios. Os cânones do seu tempo passaram e nenhum pintor original tentaria hoje repetir dentro dos mesmos princípios a arte pictórica de Leonardo. Mas no seu tempo, ou melhor, na sua intemporalidade a pintura de da Vinci viverá enquanto viverem os homens. A ciência envelhece porque é clara e explícita. A arte envelhece porque é clara e explícita. A arte é eterna porque a conserva o sal indefinível do mistério.
Inúmeras vezes, na história, a atividade artística tem sido considerada como supérflua e daí vai apenas um passo a considerá-la como obrigada a servir os objetivos da sociedade, ou, por outras palavras, do governo do dia. Da República de Platão, que censurava ou bania os artistas, á imensa irritação de Lênin com os poemas de Maiakovski (Só permitia deles uma pequena tiragem “para os bibliófilos e os excêntricos”) e á cólera com que Kruchtchov fulminou pelas críticas á Revolução contidas no Doutor Jivago, há todo um arco de desconfiança em relação a esses estranhos seres, os artistas, que voltaram para dentre o de si mesmos perícia e habilidade e produzem formas válidas como expressão do íntimo de todos os homens. Numa comunidade ocupada em produzir bens de produção e de consumo, o artista parece um parasita, que nada produz. No entanto, em relação á comunidade, está, na frase de James Joyce, forjando a consciência da raça. E nada perpetua melhor uma civilização do que sas formas artísticas que inventa.

Dois elementos parecem fundamentais á criação da obra de arte universalmente válida: a liberdade do indivíduo e a vitalidade do povo em que nasceu. Explicando sua tese da chamada literatura comprometida, ou littérature engagée, Jean-Paul Sartre deixou bem claro que não vê como literatura obrigada, do artista atrelado a um dogma. O próprio artista compromete sua arte, isto é, governa sua própria liberdade, mas para valorizá-la ao máximo. Mas ainda, a absoluta liberdade do escritor só se realiza e se completa na absoluta liberdade do leitor: “Vocês tem plena liberdade de deixar este livro sobre a mesa. Mas se o abrirem, ficam responsáveis por ele”. Só o impulso ético pode impor uma limitação consentida á criação estética, porque a obra de arte, continua Sartre, em Situations II, “é uma Paixão, no sentido cristão da palavra, isto é, uma liberdade que se põe resolutamente em estado de passividade para obter, por esse sacrifício, um certo efeito transcendente”.
O segundo elemento é a vitalidade do povo comunicada ao artista. Não são as épocas felizes do outono dos povos que produzem a arte mais profunda e orgânica e sim as épocas perigosas e brilhantes - a Grécia de Tucídides, a Florença de Dante, a Inglaterra elizabetana e a Ibéria do tempo dos descobrimentos. Se quase cada artista tem sua definição de arte de Wordsworth, de “emoção relembrada com serenidade”. São épocas de arte como emoção apanhada em pleno vôo e pulsando ainda de vida e paixão. É proverbial o fato de que Dante, na Divina Comédia, o mais belo dos poemas jamais escritos, tenha povoado o inferno de tantos desafetos seus. Talvez esses grandes artistas das grandes épocas caibam melhor na definição de arte que tem Malraux no prefácio de Lê Temps du Mépris: a tentativa “de dar aos homens consciência da grandeza que ignoram em si mesmos”.

A função da arte é criar beleza. Mas a beleza não é ornamento dispensável e sim uma necessidade fundamental do ser humano. Os mais primitivos índios do Xingu fazem suas panelas em forma de animais e pintam até as pás que a arte só floresce onde há felicidade e conforto. Mesmo uma criança pobre e triste fará desenhos na areia da primeira praia que pisar. E mesmo no horror da sua breve vida amenina Ana Frank criou uma obra de arte com seu diário. Sem a indefinível arte que fixa o Livro de Jô, o Bhagavada-Gita, os hinos de Zoroastro. Através da infinita mutação dos estilos dos conceitos de proporção e de harmonia, a arte, em cada fase da história da humanidade, impõe uma ordem ao mundo e dá novas formas á angústia dos homens.

Enciclopédia Barsa Editor; William Benton.Volume 2 página 196 á 197.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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Árvores Suspensas sobre um Rio Quase Morto

artes visuais


Você pode até já ter ouvido o burburinho: um jardim absurdo interrompeu o cotidiano de São Paulo. Como parte do projeto Margem, do Itaú Cultural, o artista Hector Zamora suspendeu árvores sobre o Rio Tamanduateí, na Avenida do Estado, região central da cidade (veja o mapa).

O trabalho de Zamora se chama Errante e é a primeira de uma série de obras do Margem, todas em diálogo com rios importantes da bacia hidrográfica brasileira. Com curadoria de Guilherme Wisnik, o projeto discute temas como urbanismo, meio ambiente e marginalização social.

As discussões vão desde a crítica ao desenvolvimento frenético da cidade até a relação da arte com o espaço urbano. Esse tipo de arte pode mudar a percepção do comum e dialogar com a multidão. Como diz Zamora: "Se eu conseguir fazer a pessoa sorrir, lembrar algum episódio, esquecer do cotidiano ou refletir, a obra terá cumprido sua função".

Saiba mais no site do Itaú Cultural. Em breve, serão publicadas entrevistas com o artista e com o curador. Fique atento!

Errante - Projeto Margem

até 28 de novembro

Avenida do Estado, entre a Avenida Mercúrio e a passarela do Parque Dom Pedro II, próximo ao Mercado Municipal Paulistano (Rua da Cantareira, 306 - Sé) | veja o mapa


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Exposição até dia 15 de Outubro - 4RTISTAS



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Informativo 53 - Outubro/2010 - casadasartes@casadasartes.com.br

Informativo 53 – Outubro/2010.

Prezados,

Neste mês apresentamos a nova aquisição para o acervo da Casa das Artes – Galeria, Bento Moura, artista já reconhecido no mercado internacional. Conheça algumas de suas obras já expostas e saiba mais sobre sua obra e carreira acessando o site casadasartes.com.br/acervo.

A "Exposição Temporária Virtual" setembro/outubro, mostra as obras de Antônio Hélio Cabral que foram apresentadas no stand nº 01, da Casa das Artes - Galeria, no "Salão de Arte 2010". Além da "Exposição Temporária Virtual", há maior variação de suas obras no acervo da galeria.

Lembrem-se de que os objetos adquiridos podem ser trocados no prazo de 30 dias e suas compras podem ser pagas através de cartões de créditos, pagamento digital ou boleto bancário.
As entregas são feitas em qualquer parte do mundo. Aguardamos sua visita nos horários habituais de funcionamento ou segundo sua preferência, mediante agendamento prévio. Um abraço.



Marta Veloso de Souza
Casa das Artes - Galeria
Rua Bahia 871 - Higienópolis
São Paulo - SP - Brasil - 01244-001
Fone:3661-9595 Fax: 3825-2409
www.artnet.com/casadasartesgaleria.html
e-mail: casadasartes@casadasartes.com.br

Horário de funcionamento da galeria
De 2ª à 6ª feira - de 11 h às 19 h
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“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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0049. AS MODALIDADES E e D.

AS MODALIDADES E e D.

Modalidade E:

A modalidade E é a modalidade “destra” do hemisfério esquerdo. Ela é quadrada ereta, sensata, direta, verdadeira insidiosa e bem definida sem se dar a lucubrações.

Modalidade D:
A modalidade D é a modalidade “canhota” do hemisfério direito. Ela é curvilínea e flexível, mais brincalhona em seus volteios inesperados, mais, complexos, diagonal e imaginativos.



A modalidade E também se especializa na designação de passos seqüenciais para a mistura de cores - por exemplo, “para fazer uma mistura alaranjada, acrescente o amarelo ao vermelho” ou “para escurecer o azul, acrescente preto”.
O hemisfério direito (ou modalidade D) especializa-se na percepção das relações entre os matizes, em especial para ligações de um matiz com outro. A modalidade D tem uma propensão para descobrir modelos de coerência, especificamente com relação a matizes que equilibram os opostos - por exemplo, vermelho/ verde, azul/ laranja, escuros/ claros, opacos/ vivo.
Em 1976 o Dr. Peter Smith escreveu um ensaio, “A Dialética da Cor”, em que afirma: “Como o hemisfério direito interessasse muito pela forma como as coisas se encaixam para formar o sistema fechado, pode-se dizer que constitui um fator decisivo da resposta estética”. Pode ser que este sistema fechado seja aquilo que os artistas chamam de cor unificada e harmoniosa - ou seja, cores que se relacionam entres si e que se acoplam num equilíbrio. Talvez a modalidade D seja capaz de reconhecer a uniformidade satisfatória da cor adequadamente unificada à regra com a sensação aprazível de: “É, sim. E isto mesmo. Está certo”.
O oposto também é verdadeiro: a modalidade D reconhece os arranjos de cores desequilibrados ou desunificados e talvez anseie pela unidade e pelas partes que faltam para compor o sistema fechado. Uma pessoa pode experimentar esta sensação como de algo vagamente desagradável - uma noção de que alguma coisa está faltando ou esta deslocada.
A modalidade D desempenha outro papel importante com relação á cor: ver qual foi à combinação de cores que produziu uma determinada cor. Por exemplo, dado uma gama de cinza, a modalidade D vê qual é a que fica mais quente com vermelho ou a que fica mais fria com azul.

Veja no link abaixo a tabela:


Livro: Desenhando com o lado direito do cérebro.
Autora: Betty Edwards
Editora Ediouro.



“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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