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domingo, 4 de maio de 2008

0003. Aprender a Desenhar é o Primordial

APRENDER A DESENHAR É O PRIMORDIAL

Nenhuma obra de arte da pintura se realizou sem o conhecimento do desenho, razão pela qual o artista, antes de pintar, procura desenhar muito. Para isso, começa por estudar geometria plana, a fim de estabelecer a relação existente entre ela e as formas que assume o modelo o que se propõe desenhar. O mesmo acontece com a geometria projetada, cujas leis nos ensinam a ver os objetos em suas três dimensões, a saber, comprimento, largura e altura. Em seguida o Artista estuda perspectiva, para saber representar o seu modelo o tal como o vê, isto é, com as deformações produzidas pela distância, pelo ponto de vista, etc. Estuda ainda anatomia-artística, para ser capaz de bem construir os seus modelos do natural, fazendo outro tanto com a História da Arte, para enriquecer sua cultura estética.

“Desenho. Arte de reproduzir, sobre uma superfície bidimensional e por meio de linhas, objetos, idéias ou emoções”.

Porque precede a pintura, a escultura, a arquitetura e a gravura, o desenho é considerado uma arte básica; aquelas artes, inversamente, não raro são designadas (sobretudo entre autores mais antigos), como arte do desenho. Do ponto de vista da técnica, os desenhos podem dividir-se em duas grandes classes: os que dependem principalmente do utensílio empregado. As espécies de desenho que dependem do material são: o desenho a carvão, o desenho a giz, preto ou vermelho, a aguada, a aquarela, pastel; as que dependem, a seu turno, do desenho a lápis, o desenho a pena. Valor do Desenho na Crítica e na História da Arte. Por mais de uma razão, escreve Max J. Friedländer em Von Kunst und Kennerschaf (“Da Arte e Sua Apreciação”, 1948), o desenho é superior á pintura; ele nasce mediante processo relativamente rápido, como conseqüência de uma ação espontânea; como resultado, acha-se menos ligado á tradição e ás convenções. Todos os artistas dos séc. XV e XVI foram mais artistas quando desenharam, mais artesões quando pintaram. Desenhar é relacionar, eliminar, sintetizar, ainda em maior grau do que em pintura. Por isso o desenho é a tradução fiel da personalidade do artista, e seu valor para a crítica e a história da arte é incomensurável. O desenho ocupa um espaço próprio. Mas o desenho por sua vez se torna uma parte da pintura - uma escora (amparo, arrimo) por assim dizer -, da mesma forma que as habilidades lingüísticas se tornam uma escora para a poesia e para a literatura. Assim o desenho se funde com a pintura, e ambos apontam para um novo rumo. Sua viagem está apenas começando.



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