MODERNISMO
Todas as transformações na arte levaram à eclosão do modernismo, movimento que caracteriza o início do século XX, abrindo espaço para arte contemporânea. Procurando conquistar a liberdade de expressão, os modernistas rejeitavam todos os cânones acadêmicos da arte. Defendiam o verso livre na poesia, o uso da linguagem popular e coloquial na literatura, a incorporação do folclore e do popular ás composições, a expressão da subjetividade do artista e a crítica constante à sociedade na qual viviam. Redefiniam assim sua função artística, num mundo que já contava com técnicas de reprodução de imagens como a fotografia e o cinema. A perspectiva e a imagem figurativa, considerada acadêmica, foram abandonadas pelas artes visuais.
Os artistas passaram a valorizar principalmente os projetos e as idéias que estavam por trás da obra de arte propriamente dita, abandonando o objetivo de uma arte bem-resolvida na qual se manifestasse principalmente uma habilidade artesanal especial. Eles queriam mostrar o que pensavam em relação ao mundo e à história, e não realizar obras bem-acabadas que fizessem as pessoas apenas se envolverem emocionalmente. A arte que surge nessa passagem de século vai aos poucos abandonando o contato com o mundo visível. Deixa de procurar representar a superfície visível das coisas para penetrar no seu interior. Em vez de criar imagens parecidas com a realidade, os artistas preferiam aquelas que expressassem o que sentiam diante da realidade, ou seja, suas angústias e críticas. Tal posição nem sempre resultava em obras agradáveis ou verossímeis, mas os artistas haviam descoberto uma nova função para a arte e, que uma pintura é uma pintura... não é um cachimbo.
No Brasil, o modernismo foi inaugurado por um marco histórico: a Semana de Arte Moderna. Várias artistas, entre eles Mário de Andrade, Anita Malfatti e Monotti Del Picchia organizaram uma manifestação no Teatro Municipal de São Paulo, em fevereiro de 1922, através da qual defendiam a liberdade e o direito à experimentação. Essa postura resultou numa proliferação de movimentos, cada um elegendo diferentes princípios artístico XIX incorpora na arte as transformações ocorridas em decorrência da descoberta da fotografia.
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