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sábado, 15 de outubro de 2011

PAUL CÉZANNE Madame Cézanne em Vermelho


SERVIÇO EDUCATIVO, 

ASSESSORIA AO PROFESSOR

Aula do Mês - Novembro de 2006PAUL CÉZANNE
Aix-en-Provence, 1839 - 1906


Madame Cézanne em Vermelho
Óleo sobre tela, 89 X 70 cm, 1890-1894
Acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand -  MASP
A Obra
Hortense Fiquet, talvez modelo profissional, encontrou Cézanne em Paris no fim da década de1860 e em 1872 nasceu Paul. Casaram-se quatorze anos após o nascimento do filho, em 28 de abril de 1886.
A esposa foi retratada por Cézanne em vários quadros da década de 1890: Madame Cézanne na Varanda (c. 1890, Nova York, Metropolitan Museum), três versões deMadame Cézanne na Cadeira Amarela, uma no Chicago Art Institute (c. 1890) e duas em coleções particulares, ambas datadas entre 1890 e 1894. Em relação aos demais, Madame Cézanne parece estar nesse retrato, segundo Venturi (1936, p. 189), mais tranqüila, mais satisfeita, mais singela. As flores nas mãos conferem-lhe um ar mais simpático.
Camesasca (1989, p. 112) nota que o pintor busca uma análise formal livre de interferências psicológicas. Para Valsecchi, "a pose singela, a luz límpida como um cristal, que acentua a soberba realização plástica da figura, ressaltada pela lenta difusão do ritmo oval, são tão agradáveis quanto maciças, como nas figuras do jovem Giotto". As figuras de Cézanne são freqüentemente comparadas às de Piero dela Francesca pela monumentalidade e aparente falta de expressão. Elas são, de fato, marcadas por uma expressão que corresponde mais a seu temperamento, que à representação de um momento da vida interior.Cézannesuspende-as numa atmosfera pensativa. Valabrègue afirmou que os retratos do jovem Cézanne pareciam mostrar alguma vingança por alguma maldade que o modelo houvesse feito contra ele.
A partir de 1875, a agressividade dá lugar a uma busca da essência interior dos retratados; tal atitude acentua-se depois da dispersão dos impressionistas em 1878. Nos retratos da mulher realizados nos anos de 1890-1894, essa pesquisa torna-se mais radical, ao isolar progressivamente o modelo do contexto exterior, com o desaparecimento do espaço cúbico da perspectiva tradicional (Ponente).
O quadro do MASP pode ser considerado uma reformulação sintética do retrato deMadame Cézanne na Cadeira Amarela (Venturi, n. 570). O fundo abstrato assume um valor importante e tende a colocar-se no mesmo plano da figura, adquirindo a mesma densidade. Cézanne busca um balanço de tensões plásticas, embora precário, e não a justaposição de planos organizados da superfície (Clay). Esse balanço reflete suas dúvidas e a série de tentativas em que consiste o processo de criação para o artista (Schapiro), evidenciando na obra uma dimensão temporal, o "arrepio da duração", como descrevia o próprio Cézanne.

O Artista
Filho de um banqueiro, cresceu numa rica família burguesa. Estudou no Collège Bourbon de Aix, onde se tornou amigo de Émile Zola, amizade que perdurou longamente.
Após terminar os estudos de Direito, viajou, em 1861, pela primeira vez a Paris, onde freqüentou o Louvre para copiar grandes pintores venezianos e holandeses, mas sobretudo Velázquez e Caravaggio.
Voltou a Aix e começou a trabalhar no banco do pai, mas em novembro de 1862 estava já novamente em Paris, onde compareceu ao Salon des Refusés, admirou a pintura de Delacroix e de Courbet e conheceu Pissarro, que devia contribuir em muito para sua orientação artística. De Aix, onde se instalara a partir de 1864, começou a enviar aos Salons oficiais obras que foram sempre rejeitadas. Nas estadas em Paris, sempre mais freqüentes, estreitou relações com os artistas do futuro grupo dos impressionistas e com os intelectuais e artistas que se reuniam na casa de Zola. A solidez construtiva de Courbet e o lirismo cromático de Delacroix tiveram grande importância nesta primeira fase da arte de Cézanne, também chamada de "romântica".
Daumier foi igualmente importante e a nova pintura de Manet, por quem Cézanne nutria grande admiração, não correspondida. Os quadros realizados entre 1865 e 1869 evidenciam a reflexão do artista sobre estes modelos (Nouvelle OlympiaA Pêndula Preta, 1869-1870, Paris, coleção Niarchos; Paul Alexis Lendo um Manuscrito a Zola, 1869-1870, São Paulo, MASP).
Com a guerra franco-prussiana de 1870, Cézanne mudou-se definitivamente para Aix e depois para L'Estaque, na baía de Marselha. Estimulado pelas pesquisas de Pissarro, eliminou o elemento narrativo das suas pinturas para reconstruir de modo sintético a percepção ótica subjetiva da realidade (A Casa do Enforcado, 1873, Paris, Musée d'Orsay). Em 1874 e em 1877, participou, sem sucesso, das exposições dos impressionistas no ateliê de Nadar.
As obras desta fase, caracterizadas por cores  mais claras e uma ordem compositiva mais severa, evidenciam a distância de Cézanne em relação ao impressionismo, patente em sua intenção, declarada, de "solidificar o impressionismo", isto é, de transformar a vibração da superfície cromática em definição do volume, na busca de uma síntese formal que identificasse os elementos básicos da linguagem da pintura.
Nas obras realizadas em Aix, entre 1883 e 1887, o controle formal na reconstituição das percepções torna-se ainda mais rigoroso. A cor transforma-se na síntese de tom e de espaço, as formas são aproximadas a uma geometria essencial, o cone, a pirâmide, o cubo, a esfera, que se identificam com a construção do espaço por parte da consciência.
Em 1886, Cézanne rompeu com Zola, reconhecendo a si próprio na figura do pintor fracassado Claude Lautier, protagonista do romance A Obra, publicado naquele ano. Foi o começo de um progressivo isolamento, que o levou a se concentrar ainda mais na própria pesquisa  artística. O sonho do pintor era elevar a uma dimensão clássica e monumental o novo sistema de valores inaugurado pela pintura impressionista, "refazer Poussin a partir da natureza", baseado na "petite sensation", reconstruída com dedicação incansável.
Por isso, retornou constantemente aos mesmos temas: vistas de L'Estaque e sobretudo da montanha Sainte-Victoire, naturezas-mortas, retratos da mulher. No último período de sua atividade, Cézanne realizou muitas composições de banhistas, até atingir dimensões monumentais (Merion, Barnes Foundation; Filadélfia, Museum of Art; Londres, National Gallery) e num grau de abstração cada vez mais acentuado. A partir do Salon des Independants de 1899, o interesse pela pintura de Cézanne, antes restrito a uns poucos colegas pintores, foi crescendo. Em 1904, o Salon d'Automne reservou uma sala ao pintor e, em 1907, foi realizada uma grande retrospectiva póstuma de suas obras. Naquele ano, Picasso pintava as Demoiselles d'Avignon e Braque irá se instalar em L'Estaque para pintar algumas paisagens que afirmam a presença de Cézanne nas raízes do movimento cubista.
De fato, toda a arte contemporânea deve à Cézanne o conceito de autonomia da forma e sua independência em relação aos dados naturais ou emocionais.
Luciano Migliaccio
Texto extraído do Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand 
Coordenação Geral: Luiz Marques 
São Paulo: Prêmio, 1998.


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PAUL CÉZANNE Aix-en-Provence, 1839 – 1906


SERVIÇO EDUCATIVO, 

ASSESSORIA AO PROFESSOR

Aula do Mês - Novembro de 2008

PAUL CÉZANNE
Aix-en-Provence, 1839 – 1906




O Grande Pinheiro
Óleo sobre tela, 89 X 70 cm, 1890-1896.
Acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP.
Foto: Luis Hossaka
A Obra
Durante a realização da pintura, Cézanne acrescentou à margem superior da tela uma faixa de cerca de 12 centímetros de altura, indicativa da busca do pintor por uma medida proporcional perfeita, comparável à de Poussin. É provável que Cézanne, insatisfeito com o resultado, retomasse pelo menos mais três vezes o trabalho nesta composição (Kostenevitch 1986). A paisagem parece ser a mesma do Grande Pinheiro perto de Aix (São Petersburgo, Ermitage), do Grande Pinheiro e Rochas Vermelhas (Coleção Lecomte, Paris) e da aquarela Estudo de Árvore (Zurique, Kunsthaus).
A datação da obra na literatura crítica é variável. Javorskaya e Reff datam-na entre os anos de 1895 e 1897, Rewald entre 1890-1895 e Cooper entre 1889 e 1891. Provavelmente, foi pintada em Montbriant na propriedade de Conil, cunhado do artista, entre 1892 e 1896 (Camesasca 1979, p. 72 e 1989, p. 118). Para Schapiro, a árvore representada teria sido cara ao artista desde a infância e é citada em uma carta de 1858 a Zola: “Lembra-se do pinheiro plantada à beira do Arc, debruçando sua cabeça de longos cabelos sobre o abismo que se abre aos seus pés? O pinheiro que protegia nossos corpos do calor do sol com seus ramos. Ah! Possam os deuses protegê-lo do machado do lenhador!” Cézanne referiu-se à mesma árvore no seguinte verso de 1863: ”E a árvore sacudida pelo vento furioso, ondula no ar como um corpo imenso/ Seus ramos curvos esfolados flutuam no mistral”.
Segundo Schapiro, domina neste quadro uma concepção lírica na qual a árvore é representada como uma individualidade heróica, expressa em cada parte, desde o tronco torturado, porém vigoroso como nenhum outro, até os galhos e as folhas que quase alcançam o céu. Cézanne tende, nesta fase de sua vida, a uma solidez homogênea e sintética, que o artista alcança através da fluida e transparente fusão das cores. Suas árvores, em vez da forma maciça das colunas, assumem um relevo mais profundo, com seus ramos caídos e ondulantes. A composição merece ser considerada em si mesma. Em nenhum outro de seus quadros a paisagem evidencia tamanha independência em relação à tradição anterior. Talvez a obra de Theodore Rousseau, Diário do Verão (Paris, Louvre), possa ser considerada sua predecessora, porém de forma muito distante, inclusive em relação à iconografia. Pelo menos numa ocasião, em Neve ao Sol em Fontainebleau (Nova York, Museum of Modern Art), Cézanne usou uma fotografia encontrada em seu ateliê após sua morte, como fonte de inspiração. Camesasca (1989, p. 120) sugere que, para a realização do quadro do Masp, Cézanne tenha usado um calotipo feito por Fox Talbot em 1840, hoje guardado no London Science Museum.
O Artista
Filho de um banqueiro, cresceu numa rica família burguesa. Estudou no Collège Bourbon de Aix, onde se tornou amigo de Émile Zola, amizade que perdurou longamente. Após terminar os estudos de Direito, viajou, em 1861, pela primeira vez a Paris, onde freqüentou o Louvre para copiar grandes pintores venezianos e holandeses, mas sobretudo Velásquez e Caravaggio. Voltou a Aix e começou a trabalhar no banco do pai, mas em novembro de 1862 estava já novamente em Paris, onde compareceu ao Salon des Refusés, admirou a pintura de Delacroix e de Courbet e conheceu Pissarro, que devia contribuir em muito para sua orientação artística. De Aix, onde se instalara a partir de 1864, começou a enviar aos Salons oficiais obras que foram sempre rejeitadas. Nas estadas em Paris, sempre mais freqüentes, estreitou relações com os artistas do futuro grupo dos impressionistas e com os intelectuais e artistas que se reuniam na casa de Zola. A solidez construtiva de Courbet e o lirismo cromático de Delacroix tiveram grande importância nesta primeira fase da arte de Cézanne, também chamada de “romântica”. Daumier foi igualmente importante e a nova pintura de Manet, por quem Cézanne nutria grande admiração, não correspondida. Os quadros realizados entre 1865 e 1869 evidenciam a reflexão do artista sobre estes modelos (Nouvelle Olympia, A Pêndula Preta, 1869-1870, Paris, coleção Niarchos; Paul Alexis Lendo um Manuscrito a Zola, 1869-1870, São Paulo, Masp ).
Com a guerra franco-prussiana de 1870, Cézanne mudou-se definitivamente para Aix e depois para L’Estaque, na baía de Marselha. Estimulado pelas pesquisas de Pissarro, eliminou o elemento narrativo das suas pinturas para reconstruir de modo sintético a percepção ótica subjetiva da realidade (A Casa do Enforcado, 1873, Paris, Musée d’Orsay). Em 1874 e em 1877, participou, sem sucesso, das exposições dos impressionistas no ateliê de Nadar. As obras desta fase, caracterizadas por cores mais claras e uma ordem compositiva mais severa, evidenciam a distância de Cézanne em relação ao impressionismo, patente em sua intenção, declarada, de “solidificar o impressionismo”, isto é, de transformar a vibração da superfície cromática em definição do volume, na busca de uma síntese formal que identificasse os elementos básicos da linguagem da pintura. Nas obras realizadas em Aix, entre 1883 e 1887, o controle formal na reconstituição das percepções torna-se ainda mais rigoroso. A cor transforma-se na síntese de tom e de espaço, as formas são aproximadas a uma geometria essencial, o cone, a pirâmide, o cubo, a esfera, que se identificam com a construção do espaço por parte da consciência.
Em 1886, Cézanne rompeu com Zola, reconhecendo a si próprio na figura do pintor fracassado Claude Lautier, protagonista do romance A Obra, publicado naquele ano. Foi o começo de um progressivo isolamento, que o levou a se concentrar ainda mais na própria pesquisa artística. O sonho do pintor era elevar a uma dimensão clássica e monumental o novo sistema de valores inaugurado pela pintura impressionista, “refazer Poussin a partir da natureza”, baseado na “petite sensation”, reconstruída com dedicação incansável. Por isso, retornou constantemente aos mesmos temas: vistas de L'Estaque e, sobretudo da montanha Sainte-Victoire, naturezas-mortas, retratos da mulher. No último período de sua atividade, Cézanne realizou muitas composições de banhistas, até atingir dimensões monumentais (Merion, Barnes Foundation; Filadélfia, Museum of Art; Londres, National Gallery) e num grau de abstração cada vez mais acentuado. A partir do Salon des Independants de 1899, o interesse pela pintura de Cézanne, antes restrito a uns poucos colegas pintores, foi crescendo. Em 1904, o Salon d' Automne reservou uma sala ao pintor e, em 1907, foi realizada uma grande retrospectiva póstuma de suas obras. Naquele ano, Picasso pintava as Demoiselles d’Avignon e Braque irá se instalar em L’Estaque para pintar algumas paisagens que afirmam a presença de Cézanne nas raízes do movimento cubista. De fato, toda a arte contemporânea deve à Cézanne o conceito de autonomia da forma e sua independência em relação aos dados naturais ou emocionais.
Luciano Migliaccio
Texto extraído do
Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Arte Francesa
Coordenação geral: Luiz Marques 
São Paulo, Editora Prêmio, 1998.


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Museu em Milão reúne 40 obras de Paul Cézanne


Museu em Milão reúne 40 obras de Paul Cézanne

ANSA
MILÃO, 14 OUT (ANSA) - A prefeitura de Milão prestará uma homenagem ao pintor francês Paul Cézanne com uma exposição de 40 obras do artista no Palazzo Reale entre 20 de outubro a 26 de fevereiro do ano que vem.

Com curadoria de Rudy Chiapini e colaboração de Denis Coutagne, as pinturas serão reunidas de diversos museus internacionais.

Entre os museus que emprestaram as obras estão o Museu d'Orsay, o l'Orangerie e o Petit Palais, de Paris, o Museu Granet, de Aix-en-Provence, o Ateneum Art Museum, de Helsinque, a Tate Galllery, de Londres, o Chrysler Museusm of Art, de Norfolk, o Princeton University Art Museum, em Princeton, o Hermitage, de São Petesburgo, e a National Gallery, de Washington.

O percurso da mostra segue a biografia de Cézanne, que nasceu em Aix-en-Provence em 1839 e faleceu em 1906.

Ele decidiu se desvincular das obrigações impostas pelo pai banqueiro para se empenhar em uma estética própria que depois serviu de influência para vanguardas artísticas como o cubismo e o surrealismo.

A exposição milanesa parte de sua primeira obra realizada por volta de 1860, que refletia a tradição artística da época, para depois passar a suas interpretações de retratos familiares, amigos e de pessoas comuns.

Os passos seguintes de Cézanne se dirigiram a pinturas de natureza morta e de paisagens, como a de pedreiras e de florestas de pinheiros de Bibémus Quarries e os bosques de Chateau-Noir


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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Portrait of Peasant

Retrato Retrato de Camponeses de paysan 1905-1906
Paul Cézanne, 1839-1906
Óleo sobre tela
Altura: 64,80 centímetros
Largura: 54,60 centímetros
Localizado em: Sala 33


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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Paul Cézanne - Homenagem ao seu nascimento

Paul Cézanne
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paul Cézanne

Auto-retrato, c. 1865
Nascimento 19 de janeiro de 1839
Aix-en-Provence
Morte 22 de outubro de 1906
Aix-en-Provence
Nacionalidade Francês
Ocupação pintor
Movimento estético Impressionismo. Pós-impressionismo. Arte Moderna.

Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — 22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.


Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio, influenciado por Delacroix. Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.


Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. E sim, as modificava. A sua concepção da composição era arquitectônica; segundo as suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais com a captação destas formas do que com a representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reação de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.


Sobre ele, Renoir escreveu, rebatendo o crítico de arte Castagnary: Eu me enfureço ao pensar que ele [Castagnary] não entendeu que Uma Moderna Olympia, de Cézanne, era uma obra prima clássica, mais próxima de Giorgione que de Claude Monet, e que diante dele estava um pintor já fora do Impressionismo.[1]


Cézanne cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são sutilmente geométricas. Cézanne pintou sobretudo a sua Provença natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire).


Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surgirá o cubismo poucos anos mais tarde. Entre as representações de grupos humanos, são muito apreciadas as suas cinco versões de Os Jogadores de Cartas. A Mulher com Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.




Vida e obra
Primeiros anos e a família
A família Cézanne veio da pequena cidade de Cesana, no Piemonte, e foi assumido que o seu nome é de origem italiana.


Paul Cézanne nasceu no dia 19 de janeiro de 1839 em Aix-en-Provence, Provença, no Sul da França. No dia 22 de fevereiro, Paul foi batizado, tendo sua avó e seu tio como padrinhos. O pai, Louis-Auguste Cézanne (28 de julho de 1798 – 23 de outubro de 1886), foi o co-fundador de uma firma bancária que prosperou durante a vida do artista, o que lhe permitiu grande segurança financeira, que a maioria dos artistas da época não tinha, e lhe deu uma grande herança. Sua mãe, Anne-Elisabeth Honorine Aubert (24 de setembro de 1814 – 25 de outubro de 1897), era vívida e romântica, mas se ofendia facilmente e influenciou decisivamente a visão de mundo de Paul. Ele também tinha duas irmãs mais jovens, Marie, com quem ele freqüentava a escola primária todos os dias, e Rose.


Aos dez anos, Paul entrou na Escola São José, em Aix, onde estudou desenho, nas aulas de Joseph Gilbert, um monge espanhol. Em 1852, Cézanne ingressou no Colégio Bourbon (atual Colégio Mignet), onde conheceu e se tornou amigo de Émile Zola, que estava em uma classe menos avançada. Lá permaneceu Cézanne por seis anos. Entre 1859 e 1861, obedecendo aos desejos do pai, Cézanne ingressou na escola de Direito da Universidade de Aix, enquanto recebia suas lições de desenho. Apesar das objeções do seu pai, passou a perseguir o seu desenvolvimento artístico e deixou Aix para ir a Paris, em 1861, encorajado por Zola, que já vivia na capital nessa época. Afinal o pai se reconciliou com ele e apoiou a sua escolha de carreira. Mais tarde, Cézanne receberá 400.000 francos (£218.363,62) de seu pai, o que lhe livraria de qualquer insegurança financeira.E gostava de feijão.


Cézanne, o artista
Em Paris, Cézanne conheceu o impressionista Camille Pissarro. Inicialmente, a amizade feita em meados dos anos 1860 era a de um mestre e mentor - Pissarro exercendo uma influência formativa sobre o jovem artista. Ao longo da década seguinte, as excursões para pintar em Louveciennes e em Pontoise levaram a um trabalho colaborativo entre iguais.


Nos primeiros trabalhos, Cézanne se preocupava com a figura na paisagem. Nesse período incluem-se várias pinturas de grupos de figuras grandes e pesadas na paisagem, pintadas a partir da imaginação. Mais tarde, ele passa a se interessar mais em trabalhar a partir da observação direta, e, gradualmente, desenvolveu um estilo de pintura mais leve e arejada, que iria influenciar imensamente os impressionistas. Não obstante, nos trabalhos de maturidade de Cézanne, percebe-se o desenvolvimento de um estilo solidificado, quase arquitetural de pintura.


Durante toda a sua vida, esforçou-se para desenvolver uma observação autêntica do mundo através do método mais acurado possível para representá-lo em pintura. Ordenava estruturalmente tudo o que percebesse em formas e planos de cor simples. A sua afirmação “Eu quero fazer do impressionismo algo sólido e duradouro, como a arte dos museus”,[2] e sua declarada intenção de recriar Nicolas Poussin acentuou seu desejo de unir a observação da natureza à permanência da composição clássica. [3]


Fenômenos óticos
Cézanne tinha interesse na simplificação das formas naturais em seus essenciais geométricos; ele queria “tratar a natureza pelo cilindro, pela esfera, pelo cone” (um tronco de uma árvore pode ser considerado um cilindro, e uma cabeça humana como uma esfera, por exemplo). Além disso, a atenção concentrada com a qual ele registrava suas observações da natureza resultou em uma profunda exploração da visão binocular, o que resultou em duas percepções visuais simultâneas ligeiramente diferentes, e nos providencia uma percepção de profundidade e um conhecimento complexo das relações espaciais. Nós vemos duas vistas diferentes simultaneamente; Cézanne empregava este aspecto da percepção visual às suas pinturas em graus variados. A observação deste fato, junto com o desejo de Cézanne em capturar a verdade de sua própria percepção, muitas vezes o levou a modelar as linhas básicas das formas para tentar exibir as vistas distintamente diferentes do seu olho direito para o olho esquerdo. Assim, a obra de Cézanne aumenta e transforma os antigos ideais da perspectiva, em particular da perspectiva de ponto único.


Exibições e temas
As pinturas de Cézanne foram exibidas na primeira mostra do Salon des Refusés (ou o Salão dos Recusados) em 1863, exibindo obras que não foram aceitas pelo jurado do oficial Salão de Paris. O Salão rejeitou as obras de Cézanne por todo o período de 1864 a 1869. Cézanne continuou a tentar apresentar suas obras ao Salão até 1882. Naquele ano, por intervenção do seu colega e artista Antoine Guillemet, Cézanne exibiu o Retrato de Louis-Auguste Cézanne, pai do artista, lendo ‘L’Evénement’, a sua primeira e última obra aceita no Salão.


Antes de 1895, Cézanne apresentou suas obras duas vezes com outros impressionistas - na primeira mostra impressionista de 1874 e na terceira, de 1877. Nos anos seguintes, algumas pinturas suas foram exibidas em vários locais, até que, em 1895, o marchand parisiense Ambroise Vollard deu ao artista a sua primeira mostra individual. Mesmo com o crescente reconhecimento público e o sucesso financeiro, Cézanne optou por trabalhar em isolamento, usualmente no Sul da França, em sua amada Provença, bem longe de Paris. Ele se concentrava em alguns temas e era bastante incomum que artistas do final do século XIX fossem igualmente proficientes em vários gêneros: naturezas mortas, retratos, paisagens e estudos de banhistas. Neste último, Cézanne foi obrigado a desenhar a partir de sua imaginação, pois havia poucos modelos nus disponíveis. Assim como as paisagens, os seus retratos eram desenhados a partir do que ele tinha familiaridade, e, por isso, não apenas sua esposa e seu filho, mas também os passantes locais, as crianças e seu empresário artístico serviam como modelos. As suas pinturas de natureza morta são decorativas, pintadas com superfícies grossas e planas, mas ainda lembram as de Courbet.


Embora as imagens religiosas aparecessem menos freqüentemente nas últimas obras de Cézanne, ele permaneceu devoto do catolicismo romano, e dizia: “Quando eu preciso julgar uma arte, levo minhas pinturas e as deixo próximas a um objeto feito por Deus, como uma árvore ou uma flor. Se os dois lados combatem, elas não são arte.”.


A morte de Cézanne
Um dia, Cézanne trabalhava em campo aberto quando foi surpreendido por uma tempestade. Só foi para casa após trabalhar duas horas na chuva. No caminho caiu, foi socorrido por um motorista que passava e o ajudou a ir para casa. Cézanne recuperou a consciência após ser tratado. No dia seguinte, pretendia continuar o seu trabalho, mas estava muito fraco e acabou por desfalecer. Foi colocado numa cama, de onde nunca mais se levantou. Morreu alguns dias após o acidente, em 22 de outubro de 1906, de pneumonia. Foi enterrado num antigo cemitério de sua amada cidade natal, Aix-en-Provence.


Principais períodos dos trabalhos de Cézanne
Vários períodos foram definidos na vida e na obra de Cézanne. Cézanne criou centenas de pinturas, algumas das quais alcançaram altos preços no mercado de arte, nos últimos anos. Em 10 de maio de 1999, o quadro Rideau, Cruchon Et Compotier foi vendido por $60.5 milhões - o quarto maior preço já pago por uma pintura até aquele ano. Em maio de 2006, o quadro foi considerado como a pintura de natureza morta mais cara já vendida em leilão.


O período negro, em Paris, 1861-1870
Em 1863, Napoleão III criou por decreto o Salão dos Recusados, onde as pinturas que foram rejeitadas para mostra no Salão da Academia de Belas Artes eram exibidas. Entre os artistas proprietários das obras rejeitadas, estavam os jovens impressionistas, considerados revolucionários. Cézanne foi influenciado pelo estilo dos impressionistas, mas a sua dificuldade de relacionamento social – ele parecia rude, tímido, às vezes furioso e dado à depressão – resultaram em um período caracterizado pelas cores escuras e o grande uso do preto. As obras desse período diferem muito de seus rascunhos e aquarelas dos tempos da Escola Especial de Desenho de Aix-en-Provence (1859) ou de seus trabalhos subseqüentes. Entre as obras do período negro, estão pinturas como O Assassino (cerca de 1867-1868).


Período impressionista, em Provença e Paris, 1870-1878
Após o início da guerra franco-prussiana, em julho de 1870, Cézanne e Marie-Hortense Fiquet deixaram Paris e foram para L’Estaque, perto de Marseille, onde ele passou a pintar predominantemente paisagens. Cézanne foi considerado como fugitivo do serviço militar em janeiro de 1871, mas a guerra terminou em fevereiro e o casal retornou a Paris no verão de 1871. Após o nascimento do primeiro filho, Paul, em janeiro de 1872, em Paris, eles se mudaram para Auvers, em Val D’Oise, nas proximidades da capital francesa.


Pissarro viveu em Pontoise. Lá e em Auvers, juntos, ele e Cézanne pintavam paisagens. Muito tempo depois, Cézanne descreveu a si mesmo como um aluno de Pissarro, dizendo que Todos nós surgimos de Pissarro. Sob a influência de Pissarro, Cézanne começou a abandonar as cores escuras e suas telas se tornaram muito mais luminosas.


Deixando Hortense na região de Marseille, Cézanne andou entre Paris e a Provença, exibindo suas obras na primeira (1874) e na terceira mostras impressionistas (1877). Em 1875, ele chamou a atenção do colecionador Victor Chocquet, cujas comissões providenciavam alívio financeiro. Mas as pinturas que Cézanne exibiu atraíram hilaridade, ultraje e sarcasmo. O revisor Louis Leroy disse, sobre o retrato que Cézanne fez de Chocquet: “Esta cabeça com uma aparência peculiar, e esta coloração de uma bota velha podem causar um choque (a uma mulher grávida) e febre amarela ao fruto de seu ventre antes mesmo de seu ingresso ao mundo.”.


Em março de 1878, o pai de Cézanne, Louis-Auguste, descobriu o caso do filho com Hortense e ameaçou cortar-lhe o suporte financeiro, mas, em setembro, decidiu dar 400 francos para sua família. Cézanne continuou a migrar entre a região de Paris e Provença até que se construísse um estúdio para ele em sua casa, Jas de Bouffan, no começo dos anos de 1880. O estúdio foi feito no andar superior, com direito a uma janela alargada, que permitia a entrada da luz vinda do Norte, mas interrompendo a linha do beiral. Cézanne estabeleceu sua residência em L’Estaque. Lá, ele pintou com Renoir, em 1882. Visitou Renoir e Monet em 1883.


Período maduro, em Provença, 1878-1890
No começo dos anos 1880, a família Cézanne fixou residência na Provença. Esta mudança reflete uma independência em relação aos impressionistas, concentrados em Paris, e uma preferência marcada pelo Sul, o solo nativo de Cézanne. O irmão de Hortense tinha uma casa dentro com vista para o Monte de Santa Vitória, em L'Estaque. Uma série de pinturas desta montanha entre 1880 e 1883, e outras, de Gardanne, entre 1885 e 1888, constituem o chamado “período construtivo”.


O ano de 1886 foi um ponto de transformação para a família. Cézanne se casou com Hortense. Também naquele ano, o pai de Cézanne morre, deixando-lhe o estado comprado em 1859; ele tinha 47 anos. Em 1888, a família se mudou para Jas de Bouffan, uma casa e terreno substanciais, o que permitiu um novo conforto. Esta casa, com um terreno menor, atualmente é propriedade da cidade e está aberta ao público restritamente.


Também naquele ano Cézanne rompeu sua amizade com Émile Zola, após Zola usá-lo, em grande parte, como base para compor o personagem, um artista sem sucesso e trágico afinal, Claude Lantier, no livro L'Œuvre. Cézanne considerou este ato como uma quebra de decoro, e a amizade iniciada na infância estava irreparavelmente danificada.


Período final, Provença, 1890-1905
O período idílico de Cézanne em Jas de Bouffan foi temporário. Desde 1890 até a sua morte, ele foi cercado por eventos problemáticos, eventualmente se isolando com suas pinturas e passando um longo tempo como um recluso virtual. Suas pinturas passaram a ser muito conhecidas e procuradas, e ele era o objeto de respeito na nova geração de pintores.


Os problemas começaram com a crise de diabetes em 1890, desestabilizando a sua personalidade até o ponto onde as suas relações com os outros foram, novamente, forçadas. Ele viajou para a Suíça, com Hortense e seu filho, talvez nas esperanças de restaurar as suas relações. Cézanne, porém, retornou à Provença para continuar sua vida; Hortense e Paul seguiram para Paris. As necessidades financeiras fizeram com que Hortense retornasse para Provença, mas vivendo em cômodos separados. Cézanne se mudou com sua mãe e com sua irmã. Em 1891, ele se voltou ao catolicismo.


Cézanne alternou entre pintar na região de Jas de Bouffan e na região de Paris, como antes. Em 1895, ele fez uma visita germinal para Bibémus Quarries e escalou o Monte Santa Vitória. A paisagem labiríntica dos despojos deve ter lhe inspirado, pois ele alugou uma cabana no local em 1897 e a pintou extensivamente. Acredita-se que as formas tenham inspirado o estilo embrionário do cubismo. Também naquele ano, a sua mãe morreu, um evento chocante, mas que também fez a reconciliação com a sua esposa possível. Ele vendeu a área vazia de Jas de Bouffan e alugou um local em Rue Boulegon, onde ele construiu um estúdio.


As suas relações, entretanto, continuavam tempestuosas. Ele precisava de um local para ser ele mesmo. Em 1901, ele comprou algumas terras, além da Estrada de Lauves, uma estrada isolada em Aix, e pediu que um estúdio fosse construído lá (o “ateliê”, agora aberto ao público). Ele se mudou para lá em 1903. Enquanto isso, em 1902, ele escreveu um testamento que excluía a sua esposa do estado e deixava tudo para seu filho. A relação estava aparentemente quebrada novamente; é dito que ela queimou os pertences de sua mãe.


De 1903 até o fim de sua vida, ele pintou em seu estúdio, trabalhando por um mês em 1904 com Émile Bernard, quem permaneceu em sua casa como um convidado. Após a sua morte, o local se tornou um monumento, o Ateliê Paul Cézanne. !


Legado
Após a morte de Cézanne em 1906, as suas pinturas foram exibidas em Paris em uma retrospectiva de grande porte, em setembro de 1907, no Salon D’Automne. A mostra causou um grande impacto na direção da vanguarda parisiense, tornando-o um dos artistas mais influentes do século XIX e o responsável pelo advento do cubismo.


As explorações de simplificação geométrica e dos fenômenos óticos inspiraram Picasso, Braque, Gris e outros, que passaram a experimentar múltiplas visões, mais complexas, de um mesmo objeto chegando, finalmente, à fratura da forma. Cézanne, assim, abriu uma das mais revolucionárias possibilidades de exploração artística no século XX, influenciando profundamente o desenvolvimento da arte moderna.


Galeria

Achille Emperaire (Imperador Aquiles), 1868. Museu d'Orsay, Paris.











Nature-morte à la pendule noire(Natureza morta e um relógio preto), 1869-1871. Coleção Stavros Niarchos












La maison du pendu(A casa do enforcado)', 1873. Museu d’Orsay, Paris.








Uma Olympia moderna (Uma Olimpiada Moderna), c. 1873-1874. Museu d'Orsay, Paris.

Portrait de Victor Chocquet (Retrato de Victor Chocquet), 1875. Coleção Victor Rothschild, Cambridge.


Camille Pissarro, 1874. The National Gallery, Londres.

Baigneuses (Banhistas), 1874-1875. Metropolitan Museum, Nova Iorque










Auto-retrato com fundo rosa, 1875. Coleção privada










Sa résidence du Jas de Bouffan (A Residencia do Jas de Bouffan) (1878), coleção particular












La Montagne Sainte-Victoire vue de Bellevue (Montanha Santa Victória vista de Bellevue), 1882-1885









L’Estaque, vista do golfo de Marseille, 1883-1885.
Vista de Gardanne, 1885-1886.









Retrato de Louis-Auguste Cézanne, pai do artista, lendo ‘L’Evénement’, 1886. National Gallery of Art, Washington









Mulher com cafeteira, 1890-1894. Museu d'Orsay.









Les joueurs de cartes, 1892-1895. Courtauld Institute of Art, Londres
Natureza morta com maçãs e laranjas, 1895-1900. Museu d'Orsay

 







Autoportrait, 1898-1900. Museu de Belas Artes de Boston










Trois crânes, 1900. Detroit Institute of Arts









Mont Sainte-Victoire, 1904-1906. Coleção particular, Filadélfia
Baigneuses, 1906. Museu de Arte da Filadélfia





"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam."
(Auguste Rodin)


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