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domingo, 8 de junho de 2008

0002. O Desenho Artístico Interpretado como Especialidade.

O Desenho Artístico Interpretado como Especialidade.

Antes de abordar o tema de como se deve desenhar, convém estabelecer a diferença que existe entre o desenho puramente artístico e o desenho considerado como linguagem gráfica.
Não obstante o moderno conceito pedagógico, segundo o qual todas as pessoas são capazes de desenhar bem, devemos esclarecer que sobrenumeráveis indivíduos vêm ao mundo com acentuada vocação para as Artes Plásticas, vocação esta que precisa ser cultivada durante muitos anos em Escolas de Belas-Artes, de onde afinal sairão pintores, escultores, gravadores ou arquitetos. A criação de obras de arte requer de seus autores condições que geralmente são inatas, por dizerem respeito á sua própria sensibilidade de artista. A esta sensibilidade, apurada no estudo especializado, se devem os bons quadros e as boas esculturas. Por outro lado, o desenho visto como simples elemento da linguagem gráfica permite a todas as pessoas praticá-lo com propriedade, realismo desenhos de caráter comercial, científico, ilustrativo, documental, etc., especialidades estas que não requerem vocação especial.
A história demonstra que os artistas - vistos de um modo geral - só preferem os desenhos denominados artístico por ser o que lhe permite exprimir emotivamente os diversos estados de seu espírito imaginativo.
O desenho do natural afasta o noviço da cópia servil de um desenho feito sem problemas, como acontece quando ele se entrega durante certo tempo á reprodução minuciosa de estampas impressas. Como nelas tudo está resolvido, o estudante depressa se fatiga, e perde o interesse pela matéria.
Observe-se que copiar desenhos dos grandes mestres constitui bom exercício para os artistas, porque estes alternam essa tarefa com a execução de desenhos e de modelos vivos, mas mesmo assim, só o fazem depois de terem desenhado elementos animados durante muitos anos de trabalho diário.


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