As múltiplas aplicações da geometria nos permitem desenhar os modelos de ânforas, cujo conjunto oferecemos com seus respectivos traçados geométricos, a fim de facilitar a tarefa do desenhista. Estuda-los-emos, de propósito, sem sombras, para compreender melhor a elegância de suas linhas.
A figura 12 nos mostra uma ânfora, cujo volume dominante e suas asas estão inscritos num retângulo horizontal.
Depois de traçadas as diagonais no papel, para centralizar o desenho, poderão desenhar o retângulo citado. Para isso traçaremos uma linha vertical que passe pelo centro da folha, o qual é indicado pelo ponto de interseção das duas diagonais. Esta vertical nos servirá de eixo em torno do qual gira a ânfora, e permitir-nos-á desenhar com toda a correção os dois perfis do modelo, os quais, como é obvio, devem ser exatamente iguais entre si. Essa perfeição é indispensável, por tratar-se de um modelo de revolução, pois sua forma corpórea é obtida com o auxílio de um torno giratório.
A altura do retângulo cabe, assim, aproximadamente, uma vez e meia na largura do mesmo. Obtida esta medida com exatidão, passaremos a medir o espaço que há entre a linha superior do retângulo e a borda externa da boca da ânfora. Veremos que é igual á quarta parte da largura do retângulo. Acima da boca aparece a asa da parte posterior. Este espaço, adicionado á altura do gargalo e da boca, nos dá a medida da largura desta última, a cada um dos lados do eixo, ou seja, a metade da largura total. A boca é de um diâmetro muito maior que o do gargalo; este, na sua parte mais delgada, tem apenas uma largura que cabe três vezes e meia na horizontal do retângulo inicial. Com este sistema de referencias comparativas entre as diversas partes de um todo, prosseguiremos até completar o desenho do modelo, com o seu bojo, as asas, o pé dividido em várias moldurinhas etc.
Na figura 13 podemos apreciar outro tipo de Ânfora.
Apesar de ser um modelo na aparência mais difícil, ser-nos-á mais fácil desenhá-lo, sobretudo no começo, por estar encerrado num retângulo muito mais fácil de proporcionar. Com efeito, é um retângulo composto de dois quadrados. A linha vertical que - como exemplo anterior -traçamos perpendicularmente a ponto de cruzamento das duas diagonais será a da união dos dois quadrados e o eixo do modelo. Bastar-nos-á traçar a horizontal na metade da altura do retângulo, a qual deve coincidi com o ponto de cruzamento das diagonais e da vertical, para obter com exatidão a medida da altura do pé da ânfora, bem como a do seu bojo, e ainda o lugar de união destes dois setores do mesmo modelo. Basta-nos traçar a horizontal na metade da altura do retângulo, a qual deve coincidir com o ponto de cruzamento das diagonais e da vertical, para obter com exatidão a medida da altura do pé da ânfora, bem como a do seu bojo, e ainda o lugar de união destes dois setores do mesmo modelo. O diâmetro menor do pé cabe duas vezes e meia a sua altura, e a largura total da base é igual á terça parte da largura do retângulo.
Na parte superior da ânfora notamos dois setores de características bem diferentes; m, encerrado entre duas linhas retas horizontais, e o outro terminado em forma quase semicircular, o que traduz o fundo côncavo do modelo. A altura destes dois setores não é uma só, como a primeira é um pouco menor que a inferior, sendo a medida de sua altura igual ao espaço existente ao dois lados da boca, deste a borda desta até o ponto mais saliente das asas.
Embora pareça impossível, as ânforas das figuras 14 e 15 estão inscritas dentro de uma figura geométrica: um retângulo formado pela união de três quadrados iguais. Começaremos estudando a exemplo da ilustração 14.
A linha vertical traçada no centro do papel assinala a metade do quadrado central e é o eixo da ânfora. A largura total desse quadrado é igual á largura máxima da base. Esta, na sua altura total, corresponde á quarta parte da altura do retângulo em duas partes iguais nos indica o nascimento das asas, que quase atinge o ângulo superior em ambos os lados. Uma vez mais marcamos a quarta parte da altura do retângulo, mas agora na parte superior do mesmo. Com isto teremos estabelecido o lugar que ocupa a horizontal divisória dos dois espaços maiores do modelo que estamos estudando, assim como o nascimento das asas na sua parte superior. A distância entre a linha vertical do retângulo e o extremo da boca cabe aproximadamente cinco vezes no diâmetro desta.
Para desenhar a ânfora da figura 15 tomaremos o papel em sentido vertical. Traçadas as diagonais, marcamos, com o auxílio de uma linha vertical, a metade justa do papel.
Como nos exercícios anteriores, esta nos servirá não só pra a boa localização do modelo, como do eixo para o mesmo. Com a ajuda da linha horizontal que coincide com a união das outras linhas já traçadas, estaremos aptos a localizar perfeitamente o desenho, no que se refere á sua altura. Já dissemos que o modelo está inscrito num retângulo que tem as mesmas proporções do que foi apreciado no exercício anterior. Temo-lo agora em posição vertical. Podemos observar sem esforços que o quadrado da parte superior contém o gargalo, a boca e a asa, e que o seu lado inferior marca o limite do volume maior, ou seja, do corpo da ânfora. Este, no seu diâmetro, ocupa toda a largura do retângulo. A largura da base se pode comparar á distancia que vai da borda do gargalo donde sai à asa até o limite direito do retângulo, pois é o dobro desta medida. O gargalo, na sua maior espessura, é igual á metade da largura superior da boca, e na sua parte superior que é mais estreita, tem um tamanho equivalente á quarta parte do retângulo básico. Desta mesma maneira mediremos as proporções dos pormenores restantes. E assim teremos obtido o desenho correto de três tipos clássicos de ânforas.
Link para essa postagem