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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

0017. Cabeça de Perfil

Cabeça de Perfil



A figura 20 apresenta um modelo visto de perfil.




Convém sempre traçar uma linha reta em frente ao rosto, porque nos servirá de guia para construir o perfil da cabeça, considerando a saliência dos ossos da fronte ou do maxilar inferior, o nariz, etc. Dita linha reta será vertical, quando a cabeça estiver levantada, olhando o infinito; do contrário cairá obliquamente, para frente ou para trás, conforme a posição do modelo. Quando à colocação da orelha no lugar que lhe é próprio, relativamente à altura, podemos observar que sua medida, em geral, é igual ao espaço compreendido entre as sobrancelhas e o nariz. Para colocar ao mesmo tempo a orelha em seu lugar, sem correr o risco de que o seu pavilhão não coincida com o conduto auditivo, convém traçar um quadrado na parte superior da cabeça: com a horizontal da base do nariz se levanta uma vertical até a abóbada do crânio, sobre a qual traçamos a horizontal que une as duas verticais paralelas, completando assim o quadrado. Em seguida localizaremos a orelha tal como se vê na gravura.
No modelo Vico, observaremos bem se os órgãos dos sentidos estão colocados tal como nas referidas figuras ou, se não o estiverem, as diferenças próprias de cada fisionomia. Feita esta observação, agiremos de acordo com a que ela nos houver revelado.
Esta geometrização da cabeça vem a ser de uma grande utilidade, visto que por meio dos espaços divididos podemos proporcionar perfeitamente qualquer modelo, servindo-nos cada um deles para comparações com o resto da obra, bem como para ter uma razoável visão do conjunto.
Repetimos especialmente o que já ficou dito, no tocante ás medidas que servem para ajustar as proporções de um modelo: cada modelo tem as suas medidas próprias, e os procedimentos geométricos que aconselhamos servirão apenas de exemplo para orientar melhor o estudante na tarefa de sua predileção. Em nenhum caso se pretenderá aplicar essas mesmas medidas a todos os modelos: elas são-nos utilíssimas como guias pois, como já dissemos, nos ensinam a raciocinar aguça em nós a observação correta com a qual vamos adquirindo a segurança no desenho, mas usadas como infalíveis nos conduziriam ao malogro, tornando nossos desenhos inexpressivos, destituídos de caráter individual.



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