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sábado, 17 de outubro de 2009

0022. Equivalência Entre as Medidas das Partes Anterior e Posterior

EQUIVALÊNCIA ENTRE AS MEDIDAS DAS PARTES ANTERIORES E POSTERIORES.

É fácil observar que entre as medidas de cabeça da parte anterior e as mesmas da parte posterior do corpo humano há coincidências muito notáveis. Assim, por exemplo, a linha que limita o segundo espaço na figura vista de frente, ou seja, a que toca o peitoral, coincide com a amoplata na figura posterior; e prosseguindo nesta ordem comparativa vemos que a terceira linha traçada na figura anterior, e que passa pelo umbigo, coincide com a parte alta da pélvis na figura posterior.
Uma medida da cabeça tem também a altura total da pélvis, pois vemos que sua medida coincide com a linha que marca a quarta divisão na parte anterior, de modo que esta medida assinala, por baixo, a região glútea. Chegado a este ponto, deter-nos-emos um pouco para explicar o seguinte: dividindo-se em duas partes iguais o quarto espaço, e traçando-se uma linha paralela, veremos que esta coincide com o centro do corpo, ao mesmo tempo em que, de ambos os lados, assinala a parte superior do trocanter maior do fêmur e divide os glúteos em duas partes iguais.


Se tomarmos está última linha como ponto de partida para marcar novas medidas de cabeça, poderemos observar que duas cabeças abaixo ficam o ponto de articulação dos joelhos. Isto equivale a dizer que, para bem proporcionar um modelo, cumpre ter em mente que entre o trocanter maior do fêmur e a articulação do joelho, vão duas medidas de cabeça. Prosseguindo, veremos que tem também duas medidas de cabeça à distância que vai do joelho á planta do pé; de sorte que, se subdividirmos estes espaços, teremos a localização exata dos múculos gemelos que formam a barriga da perna.Com as medidas que acabamos de estudar temos assegurado as proporções do modelo, no que se refere á sua altura. Agora cuidaremos de comparar as mesmas medidas de cabeça com a largura do modelo, e veremos, então, que a largura entre os ombros é igual a duas medidas de cabeça; sendo de uma cabeça e meia, na pélvis, entre um trocanter e outro.


No tocante ás medidas proporcionais dos braços, vêem que os mesmos medem três cabeças e uma fração; as medidas colocadas sobre a linha auxiliar que parte da borda inferior da articulação do braço com o ombro e alcança o dedo médio nos dizem claramente que o braço é anatomicamente mais largo que o antebraço. Quanto a essas medidas que oferecemos ao leitor, repetimos uma vez mais o conselho já dado já dado: não as devemos usar á maneira de cânon rigoroso, mas, antes, como guia para estabelecer a relação que existe entre elas e o modelo vivo, e das quais nos valemos no momento de realizar uma obra. Do contrário cairíamos no erro de desenhar todos os modelos coma as mesmas proporções. Isto, por outro lado, privaria a nossa produção de variedades, o que está em desacordo com os ensinamentos da natureza, cuja riqueza é infinitamente variada.

Outra observação digna de registro é a que se refere á relação existente entre as medidas do corpo feminino, e as do corpo masculino. É sem dúvida muito notável a diferença de medidas entre as formas de ambos os sexos. Conhecidas estas estarão aptos a desenhar ambos os tipos de nus, dando a cada um as suas características próprias, evitando, ao mesmo tempo, o aspecto híbrido de certas figuras.








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