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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

10 exposições para visitar nas férias

10 exposições para visitar nas férias

por Redação - 31/12/2009 - 12:07


Coloridos e caóticos: os rabiscos de Carlos Dias em "Death Samba" (2008), uma das cerca de 60 obras expostas no MASP1. Ocupação Abraham Palatnik
Retrospectiva da obra do natalense que é um dos pioneiros da arte cinética no Brasil com 21 obras que abrangem o período de 1945 e 2007. A mostra apresenta desde pinturas em tela, madeira e vidro que exploram a ilusão de ótica até três peças feitas com motor, que acendem luzes e que se mexem. De família de origem judia e russa, Palatnik estudou pintura, desenho, história e filosofia ao mesmo tempo que fazia um curso de motores a explosão na antiga Palestina, atual Israel. De volta ao Brasil, em 1948, ele integrou o primeiro núcleo de artistas abstratos do Rio de Janeiro.
Em cartaz até 17/1, de terça a sexta 10h às 21h, sábs., doms. e feriados 10h às 19h. Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149, metrô Brigadeiro, tel.: 2168-1776. Grátis. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

2. Saint-Étienne, cidade do design
Mostra sobre design, tecnologia e sustentabilidade da antiga vila mineira da França que hoje é totalmente dedicada ao design. Serão exibidos, por meio de objetos e projeções, os projetos desenvolvidos por jovens franceses, além de cerca de 60 peças entre utensílios de cozinha, porcelana, cerâmicas e luminárias. O destaque é o laboratório onde serão apresentadas ideias para uma vida sustentável como hortas urbanas em lugares deteriorados da cidade, um sistema de correio feito com bicicleta, coletores de água pluvial e um programa que estimula a população a beber água da torneira.
Em cartaz até 31/1. Terça a domingo 10h/20h. Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro, metrô São Bento, tel.: 3113-3652. Grátis. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

3. De dentro pra fora. De fora pra dentro
Eles estão entre nós: em grandes avenidas, becos e vielas do Cambuci, Liberdade, Centro, Vila Madalena, Vila Mariana... No ritmo acelerado do dia a dia, às vezes nem é possível reparar nos grafites e intervenções artísticas que colorem muros e tapumes desta cidade cinzenta. São Paulo hoje é referência em arte urbana, com talentos admirados aqui e lá fora. Um reconhecimento que alcança uma nova esfera com a mostra De Dentro pra Fora. De Fora pra Dentro, no Masp. O museu mais importante da América Latina, que tem telas de Rembrandt, Monet e Van Gogh em seu acervo, abre o subsolo e o mezanino para expor trabalhos de Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão. Todos jovens, na casa dos 30 anos, com um mix de cultura pop fluindo nas veias: skate, rock, punk, quadrinhos... Da poluição visual, caótica, dos rabiscos de Carlos Dias às cores psicodélicas de Ramon Martins, serão cerca de 60 obras, entre quadros, fotos, vídeos e uma instalação penetrável com seis painéis, um de cada artista.

Autodidata, Zezão, o mais velho da turma (faz 40 em 2011), trabalhou como motorista de caminhão e motoboy antes de se voltar para a arte. Nas mãos dele, a cidade vira suporte: Zezão pinta seus arabescos de cor azul-celeste nos cantos mais podres e sujos de São Paulo, debaixo de viadutos em escombros ou nas galerias subterrâneas que escoam a água da chuva. Dos seis artistas da mostra, Stephan Doitschinoff é o que mais se afasta da temática urbana. Ele, que na adolescência fazia cenários para shows do Sepultura, apresenta uma obra inspirada na festa de Nosso Senhor dos Passos, padroeiro dos garimpeiros. O trabalho é composto por uma cruz de madeira pintada, bandeirinhas típicas de arraial e livros que formam um mar de desenhos e palavras no chão. De Doitschinoff também será exibido um documentário sobre sua experiência de pintar as casas, o cemitério e a capela de Lençóis, na Chapada Diamantina, interior da Bahia, onde morou de 2006 a 2008.
Até 14/2. Terça e quarta, 11h/18h; quinta, 11h/20h; sexta a domingo, 11h/18h. Masp: Av. Paulista, 1.578, tel. 3251 5644, Trianon-Masp. R$ 15 (grátis às terças). Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro

4. Robert Rauschenberg
No trabalho do americano Robert Rauschenberg (1925-2008) o que pode parecer abstrato de longe, de perto se torna detalhista. As imagens são repetidas, confusas e aparecem em diferentes posições, tamanhos e cores, tudo em volta de uma garrafa ou o pedaço de madeira ou o recorte de uma propaganda. A trajetória diversa desse artista que chegou a usar de garrafas a pássaros empalhados em suas “pinturas” pode ser vista nos trabalhos reunidos na primeira grande mostra dedica da a ele no Brasil. São 98 obras, 23 obras com materiais não convencionais e 75 gravuras deste que é um dos fundadores da pop art, movimento que traz objetos comum para a arte. Rauschenberg teve como sua primeira exposição importante internacional a V Bienal Internacional de São Paulo, em 1959. Durante a sua carreira, ele explorou métodos inusitados de impressão, pintura e colagem utilizando desde papel-jornal e reproduções de ícones da pintura clássica como a Mona Lisa, de da Vinci, até retratos do presidente americano John F. Kennedy.
Em cartaz até 21/2, de terça a domingo 11h/20h. Instituto Tomie Ohtake: Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros, tel.: 2245-1900. Grátis. Fechado nos dias Fechado nos dia 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro

Colagens de Rauschenberg estão no Instituto Tomie Ohtake4. Robert Rauschenberg
No trabalho do americano Robert Rauschenberg (1925-2008) o que pode parecer abstrato de longe, de perto se torna detalhista. As imagens são repetidas, confusas e aparecem em diferentes posições, tamanhos e cores, tudo em volta de uma garrafa ou o pedaço de madeira ou o recorte de uma propaganda. A trajetória diversa desse artista que chegou a usar de garrafas a pássaros empalhados em suas “pinturas” pode ser vista nos trabalhos reunidos na primeira grande mostra dedicada a ele no Brasil. São 98 obras, 23 obras com materiais não convencionais e 75 gravuras deste que é um dos fundadores da pop art, movimento que traz objetos comum para a arte. Rauschenberg teve como sua primeira exposição importante internacional a V Bienal Internacional de São Paulo, em 1959. Durante a sua carreira, ele explorou métodos inusitados de impressão, pintura e colagem utilizando desde papel-jornal e reproduções de ícones da pintura clássica como a Mona Lisa, de da Vinci, até retratos do presidente americano John F. Kennedy.
Em cartaz até 21/2, de terça a domingo 11h/20h. Instituto Tomie Ohtake: Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros, tel.: 2245-1900. Grátis. Fechado nos dias Fechado nos dia 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro

5. Ora, Bolas! O Futebol Pelo Mundo
Seleção de fotos que mostra como partidas de futebol são improvisadas em diversos lugares do mundo. Das 51 imagens feitas em 23 países, 37 são do fotógrafo paulistano Caio Vilela e 28 fazem parte do acervo da agência de imagens americana Getty Images. Os cenários vão da Muralha da China a um mosteiro budista em Mianmar. Além das fotos, vídeos e textos dão informações e curiosidades sobre os países representados e o futebol jogado no local. Há também uma vitrine com as 11 bolas usadas nas Copas do Mundo de 1970 até 2010.
Em cartaz até 14/3. Terça a domingo 10h/18h. Museu do Futebol: Estádio do Pacaembu - Praça Charles Miller, s/nº, Pacaembu, tel.: 3664-3848. Ingresso: R$ 6, grátis às quintas-feiras. Fechado nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro



6. Cenas da Infância: 60 anos pós-guerra no Japão
Exposição com 100 imagens de crianças no período pós-guerra ate os dias atuais feitas por 97 fotógrafos japoneses como Nobuyoshi Arakai e Ken Domon. São 76 fotos em preto e branco e 24 coloridas feitas entre 1945 e 2005. O japonês radicado brasileiro Haruo Ohara (1909 - 1999) é homenageado com a reprodução de 61 fotos suas em uma tela de computador. O trabalho de Ohara retrata a infância de descendentes de japoneses na cidade de Londrina, no Paraná, onde o fotógrafo morou.
A partir do dia 4/1. Em cartaz até 17/1. Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistencia Social – Bunkyo: Rua São Joaquim, 381, 2º andar, tel.: 3208-1755. Metrô São Joaquim. Grátis. Possui acesso a deficientes e banheiros adaptados.

7. Sujeito: Corpo
A mostra, que ocupa o térreo e o terceiro andar do Sesc Pinheiros, explora o corpo como um organismo em constante mudança e o processo de construção da auto-imagem do ser humano. Os artistas Adriana Ferla, Carlos Melo, Daysi Xavier, Oriana Duarte, Pazé e Sonia Guggisberg desenvolveram obras que envolvem questões relacionadas ao desenvolvimento e limites do corpo. Um dos destaques é o paulistano Pazé (Paulo José Franco Neto), de 47 anos. Tretaplégico, o artista criou um boneco de si mesmo em tamanho real que foi fotografado em situações improváveis como andando tranquilamente rumo ao topo de um prédio. O trabalho de Pazé na exposição contará com uma instalação com o boneco e quatro fotos das ações.
A partir de 9/1. Em cartaz até 14/4. Ter. a sex., 13h/22h. Sáb., dom. e feriados, 10h às 19h. Sesc Pinheiros: Rua Paes Leme, 195, tel.: 3095.9400. Grátis. Acesso para deficientes e banheiros adaptados.

8. Dez anos do núcleo contemporâneo do MAM
Seleção das obras mais emblemáticas adquiridas pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo por meio de seu Núcleo Contemporâneo. São 24 trabalhos fotografias, pinturas e instalações como o telhado de barro do artista baiano Marepe e a obra inflável feita com jornal do carioca Franklin Cassaro. Outros destaques são a impressão da obra “The descent from the cross (after Caravaggio)” feita em 2000 com chocolate por Vik Muniz e a performance que a mineira Laura Lima apresentará no dia 26, na qual dois homens se movimentarão pelo espaço presos pelos quadris.
A partir de 12/1. Em cartaz até 2/4. Ter. a dom., 10h/17h30. MAM: Parque do Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3, tel.: 5085-1300. Ingresso: R$ 5,50. Possui acesso para deficientes e banheiros adaptados.

9. Urban Manners 2 – Artistas Contemporâneos da Índia



Obra "Aquasarus", que faz parte da mostra no Sesc Pompeia
No meio do salão, a estátua grafitada de Gandhi medita cercada por paredes cobertas de placas comerciais. Enquanto isso, um dinossauro cor-de-rosa feito com garrafas de plástico mostra os “dentes” e um carro que serve de tanque de água se transforma em um esqueleto de sete metros feito em resina. Curiosas, essas obras são frutos da reflexão de artistas indianos sobre as controvérsias que o segundo país mais populoso do mundo enfrenta enquanto tenta se desenvolver sem perder suas tradições.

Os trabalhos feitos por 11 artistas para a exposição Urban Manners 2 questionam o fato de a Índia moderna não ser somente um país atingido pela pobreza ou conhecido somente pela exportação de ideias filosóficas e religiosas. As esculturas, pinturas e vídeos são inspirados em questões como imigração, proteção ambiental, perda dos valores tradicionais, pobreza e riqueza em um mundo globalizado. Para o Brasil, foi escolhida uma nova série de trabalhos, diferentes da primeira edição da mostra que foi realizada em Milão, na Itália, em 2007.
A partir de 22/1. Em cartaz até 4/4. Ter. a sáb., 10h/21h, dom. e feriados, 10h/20h. Sesc Pompeia: Rua Clélia, 93, tel.: 3871-7700. Grátis. Acesso para deficientes físicos

10. Cowparade
São Paulo será novamente palco para a Cow Parade, o evento coloca obras de arte no formato de ruminantes nas ruas. A partir do dia 22 de janeiro, quem andar por São Paulo terá grandes chances de se deparar com uma vaca amarela fazendo cocô na panela. Não se trata de escatologia animal, mas das obras de arte da Cow Parade, que vem pela segunda vez à cidade. “O evento conta com trabalhos apenas de artistas paulistas, pois queremos valorizar e explorar a arte regional”, afirma Catherine Duvignau, sócia-diretora da Toptrends, empresa que trouxe o Circuito das Vacas para São Paulo.

Maramgoní é um dos artistas que terá uma obra exposta, a Vaca da Garoa. “No começo, foi difícil visualizar meu trabalho no formato daquela enorme vaca. Mas quando comecei a pintá-la, a coisa fluiu”, diz o pintor, que admite ter se apegado tanto à vaca, que não quer mais devolver-la. Em 2005, quando a cidade recebeu 83 vacas, a população gostou tanto das obras que zelou pelo seu bem-estar, e não permitia nem mesmo que a equipe de manutenção tocasse nas vacas se não estivessem uniformizados.

Quem quiser um ruminante para si terá que desembolsar um bom dinheiro. No leilão, que é feito ao término da exposição, as vacas já foram arrematadas por até 48 mil reais. Este ano, o dinheiro obtido com o leilão em São Paulo irá para o Instituto Gol de Letra.
A partir de 22/1. Em cartaz até 21/3. Em avenidas, parques, estações de metrô e centros culturais. www.cowparade.com.br



http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI112112-16296,00-EXPOSICOES+PARA+VISITAR+NAS+FERIAS.html



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