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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

0035. Apresentação dos Corpos Sólidos e do Nu Segundo os Diferentes Pontos de Vista



APRESENTAÇÃO DOS CORPOS SÓLIDOS E DO NU SEGUNDO OS
DIFERENTES PONTOS DE VISTAS












A apresentação dos corpos sólidos oferece sempre certas dificuldades, sobre tudo ás pessoas que não conhecem os segredos da perspectiva. Observe o leitor que o desenho que estamos estudando nestes últimos títulos nos mostra, na sua parte inferior, um plano direito. Paralelamente a esse grande plano temos outro menor, onde se apóia o pé esquerdo do modelo. Por outro lado, não vemos o plano onde o modelo está sentado, apesar de serem planos paralelos entre si; isto nos demonstra que o horizonte passara o desenhista, neste caso, está á altura do joelho direito, pouco mais ou menos. Para saber a altura exata do horizonte, bastar-nos-ia prolongar as arestas (que aqui estão em perspectiva) dos corpos sólidos. Imagina-se que, se o autor do desenho não houvesse trabalhado colocando a sua vista á altura em que o fez, porém um pouco mais em baixo, o efeito teria sido completamente diferente: neste último caso todas as linhas oblíquas das arestas se dirigiram para baixo, impedindo-nos de ver os planos horizontais, o que nos indicaria que os olhos do observador estariam a uma altura situada abaixo dos ditos planos.
Quando se trata de uma pose sentada, como no caso, presente, convém desenhar antes demais nada o lugar exato do assento. Para isso bastará, neste caso, comparar a proporções que existe entre o lugar que ocupam os prismas na altura total do retângulo e o espaço restante, ou, tendo subdividido o espaço, como neste caso, situá-los nos dois retângulos inferiores.
Se assim não fizermos, lutaremos com o grave inconveniente de não acertar com as proporções. Acresce que, desta maneira, não corremos o risco de assentar mal o modelo, o que, sendo u,m grave erro, produz sempre um efeito desagradável.
Para fazer sentar bem o modelo, no seu devido lugar e posição, bastará traçar os eixos correspondentes á coxa, á perna e ao pé. No momento oportuno encerraremos estas partes do corpo humano em uma caixa, por meio de linhas e retas, tal como procedemos ao desenhar a figura feminina.
Convém lembrar que, para desenhar bem os membros inferiores, com a inclinação de seus eixos com as verticais e horizontais vizinhas, que foram traçadas primeiramente.







Uma vez colocados, aproximadamente, em seus lugares os membros inferiores, trataremos de levantar o tronco, partindo do assento em que se apóiam os glúteos, Observe-se que o tronco está curvado, devido ao apoio que procura o modelo nessa posição de descanso. Isto faz com que o seu eixo seja uma curva acentuada, começando na cintura e indo até a linha dos ombros. Para encontrar a linha exata do torso, lembremos-nos de que é de grande utilidade compará-la com a linha vertical vizinha, que trocamos no começo do desenho.
Uma vez terminada a colocação do tronco, poderemos acrescentar a cabeça e os braços. Procederemos exatamente como fizermos em relação às pernas, isto é, traçando o eixo para a inclinação adequada. Feito isto, cuidaremos de determinar-lhes o volume, comparando sua largura com sua altura.
Quando ás proporções entre as diversas partes do nu pode ser facilmente resolvido se as compararmos com as medidas dos sólidos. Assim por exemplo, o comprimento torso, dos ombros até a cintura, é quase igual ao comprimento do prisma em que está sentado o modelo. Desta mesma medida é a perna direita.
A grossura da coxa direita é igual à largura do prisma citado. A altura da cabeça e o comprimento do pé direito são quase iguais, e não muito maior que a altura do prisma deitado sobre a caixa a qual se apóia o pé esquerdo, e assim sucessivamente, com todas as medidas.
Concluída esta tarefa, dedicaremos ao aperfeiçoamento do desenho, ajustando a forma em seu valor anatômico e plástico, para em seguida cuidar do seu claro-escuro.






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