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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

0056. Os Meios Expressivos.

Os meios expressivos.


Os fins a que se propõe um pintor em sua pintura são em grande extensão determinados pelo meio expressivos por ele escolhido. O exame acurado da adequação dos meios expressivos aos fins desejados pelo artista levou á divisão desses meios em duas grandes classes:
1. Meios expressivos da pintura mural: secco, fresco ou afresco, mosaico, vitral, silicato de etila.
2. Meios expressivos da pintura de cavalete: encáustica, têmpera, óleo, aquarela, guache.
É claro que tal divisão não é absoluta, e que pinturas de cavalete já foram realizadas, com sucesso, pelo método do afresco - assim como já se conseguiram excelentes murais pintados a óleo. Mas eis as técnicas mais usadas:
Secco. Os materiais empregados são a caseína, a têmpera, a cola aglutinante colorida; os instrumentos de aplicação são os pincéis. O suporte é à base de argamassa ou gesso, seco. É um dos mais antigos meios usados na pintura mural, pois já era conhecido no Egito. Não sendo tão difícil como o fresco, assemelha-se bastante a ele, se bem que os resultados finais obtidos pela utilização de um e de outro meio sejam bem diversos. O mural executado a secco entremostra cores opacas, que aderem ao suporte de argamassa ou gesso como uma película finíssima. Modificações intempestivas de temperatura podem determinar, nessa camada finíssima de pintura, efeitos desastrosos: descascamentos, destruições de grandes trechos da superfície, etc.

Fresco ou afresco. Consiste em aplicar sobre o reboco ainda fresco a pintura. Assemelha-se bastante ao secco, mas, á diferença deste, dispensa aglutinantes. Processo dificílimo - o artista não pode equivocar-se ou retocar seu trabalho, de vez que só pode trabalhar enquanto o reboco não seca -a técnica do afresco, por vezes denominada buon fresco, isto é, afresco verdadeiro, foi aperfeiçoado na Itália, no início do séc. XIV. O mais notável exemplo de sua aplicação acha-se nos murais, do Vaticano, por Michelangelo.


Silicato de etila. Para realizarem murais no exterior dos edifícios, o secco e o fresco são ineficazes, porque as intempéries atacam de modo impiedoso o reboco, destruindo a camada pictórica que lhe fica em cima. Recentemente tornou-se possível à elaboração de murais externos sobre concreto, utilizando-se o silicato de etila, que adere de modo permanente á camada de concreto, e resiste mesmo pasmais severas condições climáticas.
Eucáustica. Já praticada na Antigüidade, por Polignoto, por exemplo, (séc. IV A. C). Mais tarde, Praxíteles Aperfeiçoa-a. Ficou em desuso até meados do séc. XVIII, quando foi redescoberta por Gaylus e Bachelier. O vocábulo encáustica deriva do grego egkaustiré, que significa queimado, preparado com fogo.
Tempera. Pintura executada com desmanchamento das cores em água cola, goma, clara de ovo, mas sem óleo ou resina aglutinante e sobre suporte de madeira, impregnado de uma camada de gesso. A têmpera seca quase instantaneamente e por isso o artista que a usa deverá, como o executor de afrescos, trabalhar sem hisitações e sem erros, dificilmente corrigíveis.
Óleo. É o meio expressivo por excelência da pintura de cavalete, tal como o fresco o é da pintura mural. Os pigmentos são misturados ao óleo, com a obtenção de uma espécie de massa pastosa que pode ser empregada com o auxílio de pincel, da espátula ou qualquer outro utensílio, sobre suporte das mais diferentes naturezas: madeira, linho, cânhamo, cobre, pedra, papel, etc.
Aquarela. Pintura executada com cola e gesso, de preferência sobre suporte de papel, ou pergaminho. É o modo mais fácil do ponto de vista material, mas o aquarelista deve ter apurada técnica de pintura, sem a qual nada realizará.
Guache. O vocábulo, derivado do italiano guazzo, “coisa aguada”, designa uma espécie de pintura em que as cores são diluídas em água misturada com goma e reduzidas a corpo, tal como na pintura a óleo (é essa redução que distingue o guache da aquarela). De certo modo, toda a pintura de cavalete anterior ao séc. XV pode ser considerada como guache.


PASTEL. Bastão feito com giz e que se adicionam pigmentos de várias cores. Pintura ou desenho a Pastel.
Anita Malfati
“Vaso com Rosas” - Pastel 1940 - 44 X 50 cm.

Enciclopédia Barsa
William Benton, Editor.
Volume 11 página 22 á 24.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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