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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Necessidade da Arte

Livro: A Necessidade da Arte
Autor: Ernst Fischer

Uma nova edição brasileira, a sexta, é publicada deste excelente livro que concebe a arte como “substituto da vida”, como a forma de colocar o homem em estado de equilíbrio com o meio circundante, idéia que contém o reconhecimento parcial da natureza da arte e da sua necessidade.
No entanto, será a arte apenas um substituto?
Não expressará ela também uma relação mais profunda entre o homem e o mundo?
E, naturalmente, poderá a função da arte ser resumida em uma única fórmula?
Não satisfará ela diversas e variadas necessidades?
E se, observando as origens da arte, chegarmos a conhecer a sua função inicial, não verificaremos também que essa função inicial se modificou e que novas funções passaram a existir?
É preciso advertir que tendemos a considerar natural um fenômeno surpreendente: milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema. Por que? Dizer que procura distração, divertimento, relaxação, é não resolver o problema. Por que motivo distrai, diverte e relaxa o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o identificarem-se com a música, o identificar-se com os tipos de um romance, de uma peça, de um filme? Por que reagimos em face dessas “irrealidades” como se elas fossem a realidade intensificada? E, se alguém nos responde que almejamos, escapar para uma existência mais rica através de uma experiência sem riscos, então uma nova pergunta se apresenta: Por que nossa própria existência não nos basta? Por que esse desejo de completar a nossa vida incompleta através de outras figuras e outras formas? Por que, na penumbra do auditório, fixamos o nosso olhar admirado em um palco iluminado, onde acontece algo que é fictício e que tão completamente absorve a nossa atenção?
Este livro representa uma tentativa para responder as questões como essas, com base na convicção de que a arte tem sido, é e será sempre necessária.
Ernst Fischer, poeta, escritor, filósofo e jornalista, austríaco nascido em 1899 e falecido há alguns anos, foi também Ministro da Educação do governo provisório estabelecido em seu pais logo após a libertação, em 1945.


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