Somos Arte

domingo, 8 de junho de 2008

Arte e Poder

ARTE E PODER


Nosso teatro precisa estimular a avidez da inteligência e instruir o povo no prazer de mudar a realidade. Nossas platéias precisam não apenas saber que Prometeu foi libertado, mas também precisam familiarizar-se com o prazer de liberta-lo. Nosso público precisa aprender a sentir no teatro toda a satisfação e a alegria experimentadas pelo inventor e pelo descobridor, todo o triunfo vivido pelo libertador.
(Bertolt Brecht, teatrólogo e poeta alemão).

Desde o surgimento dos primeiros princípios estéticos, na Grécia, já havia a preocupação de estabelecer vínculos entre arte e poder político. Os filósofos reconheciam o importante papel pedagógico da arte e admitiam que ela deveria contribuir, de alguma maneira, para a divulgação do patriotismo e para a veneração dos heróis gregos. Ela era vista como uma atividade civil, razão pela qual os artistas se dedicavam à realização de obras públicas, nas praças, edifícios oficiais e templos.

Na Idade Média a arte esteve sempre intimamente ligada aos grupos que dividiam entre si o poder – a Igreja e a nobreza. As grandes obras arquitetônicas enalteciam os senhores feudais e o clero, inscrevendo na paisagem a rígida hierarquia medieval. O caráter público da arte continuava inequívoco. Foi a sociedade moderna que deu início ao processo de autonomia e profissionalização do artista, criando as condições para se discutir e avaliar o papel político da produção artística. Primeiro porque o artista, com o desenvolvimento desse mercado, deixava de depender exclusivamente dos governantes e, depois, porque se passou a conhecer melhor o poder de persuasão e a racionalidade interna das mensagens artísticas.



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