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sábado, 7 de junho de 2008

Comentários sobre Arte

A DINÂMICA DA ARTE O homem não possui somente o poder de reproduzir, de tirar as conseqüências de uma conduta adquirida, ele possui igualmente a capacidade de mudar a ordem relativa de seus atos e de suas representações.
(Pierre Francastel, historiador e crítico de arte francesa).

Dissemos que a arte não é resultado de um talento especial ou de uma forma particular de ver as coisas, mas é fruto de aprendizado sério que nos ensina como fazer e até como ver, ouvir e ler obras de arte. Sem esse aprendizado a arte ficaria reduzida ao universo particular e individual de cada um. Vamos agora tratar dos diferentes fatores responsáveis pela dinâmica da arte, pelo seu processo constante de transformação e renovação.
Dissemos que nosso aprendizado artístico e o desenvolvimento da sensibilidade se iniciam quando ainda somos crianças, junto à nossa família, quando entramos em contato com certo gosto que se traduz na forma de dispor os móveis e os objetos, com a preferência por determinadas cores ou por certo tipo de música. Tudo isso faz parte do universo cultural de nossos pais, da família em meio à qual crescemos. Aprendemos a valorizar certas linguagens ou formas de expressão pelas quais comunicamos idéias e sentimentos. Essas linguagens têm a ver com nossa nacionalidade, origem e classe social.
O filósofo francês Gaston Bachelard analisou esse mundo de valores e hábitos que levamos para a vida adulta. Em seu livro A poética do espaço ele diz: “... a casa é o nosso canto no mundo. Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo”. Outro filósofo francês, Jean-Paul Sartre, conta como nasceu na infância seu gosto pela leitura e pelas palavras: “Eu achara minha religião: nada me pareceu mais importante do que um livro. Na biblioteca eu via um templo”.
Aos poucos, vamos ampliando essas referências. Passamos a conviver com os amigos e com a escola, onde travamos os primeiros contatos com nossas aptidões e vocações. Começamos a definir talentos e gostos e vamos firmando nossa personalidade. Mas, à medida que nos tornamos adultos, sentimos necessidade de nos diferenciarmos desse universo infantil. Procuramos então renovar padrões que nos pareciam tão estáveis. Esse é um dos fatores que levam à constante renovação dos princípios estéticos: a necessidade de as novas gerações abandonarem os modelos tradicionais e criarem outros, mais adaptados e atualizados.



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