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sábado, 9 de outubro de 2010

0066. HISTÓRIA E CRÍTICA

HISTÓRIA E CRÍTICA

Possuindo embora vários pontos em comum, História da arte e crítica de arte são disciplina inconfundível. Denomina-se História da Arte a disciplina, evidentemente de cunho histórico, que estuda as diferentes artes, as visuais, sobretudo, sob todos os seus aspectos, tal como surgem, nos vários momentos de sua evolução. A Historia da arte originou-se na Grécia, durante o séc. IV a.C., com Douris de Samos, discípulo dos peripatéticos. Xenocrates de Sicion e Antigonos de Caristo, que viveram no séc. II a.C. escreveram ambos Histórias da Arte, de que subsistem alguns fragmentos.
Precursores dos atuais historiadores da arte foram também os periegetas, que descreviam as obras de arte que encontravam em viagem. É graças à descrição da Grécia de Pausânias, ele mesmo discípulo do Periegeta Polimão de ílion (séc. II a.C.), que sabemos da existência de autores como Deodoro e Meliodoro, atenienses ambos, já que seus escritos não chegaram até nós. Também a História natural, de Plínio o Antigo, possui Capítulos que são como um antepassado remoto da História da Arte.
Após a Antiguidade, a História da Arte iria ressurgir apenas com Giorgio Vasari, autor de famosa coleção de biografias de artistas, de Cimabue a seus próprios dias (1551). O exemplo de vasari cedo foi imitado em inúmeros países, e assim apareceram Sandrart, na Alemanha, Karel van Mander na Holanda, etc.
Com sua História da Arte entre os antigos, de 1764, na inaugurar Winckelmann não quis, ou não soube, aplicar esse método à arte de seu tempo, e foi apenas a partir da segunda porção do séc. XIX que a História da arte veio a se desenvolver dentro de critérios mais rigorosos. Burckhedt e G. Morelli, fundadores da critica estilística, são as figuras de maior relevo, no período considerado.
O século XX, emfim, tem visto o aparecimento de obras notáveis de História da Arte européia - e aqui cabe menção toda especial à fascinante História da Pintura nos Antigos Paises - Baixos, de Max J. Freidlander (14 volumes, 1924-1937), e aos admiráveis escritos de Bernard Berenson sobre a pintura italiana da Renascença -, como também da arte de povos e civilização até então relegados a injusto segundo plano, sendo de hoje o redescobrimento artístico de continentes inteiros, como América, África, e Ásia.
Quando a metologia da História da Arte, tomam os historiadores, como regra, a biografia de determinado artista, utilizando-a como ponto de partida para chegar a conclusões que obrigam a toda uma época. Tal método, contudo, vem caindo em desuso, e os atuais historiadores concentram-se de preferência na análise da evolução.


“Vivemos graças ao caráter superficial de nosso intelecto, em uma ilusão perpétua. Para viver necessitamos da arte a cada momento, nossos olhos nos retêm formas, se nós mesmo educarmos gradualmente esse olho, veremos também reinar em nós uma força artística, uma força estética”. Nietzsche


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